Ricardo Barros, ministro da Saúde, defendeu nesta sexta-feira (16) a
importância da implantação dos prontuários eletrônicos no SUS (Sistema
Único de Saúde) e disse que o atraso para que os sistemas comecem a
funcionar se deve a problemas com a licitação.
Ministério lança ação para redução de cesáreas e de doenças raras
Segundo ele, com a digitalização, cada cidadão poderá ter todas as suas
informações de saúde no próprio celular, agendar consultas ou confirmar
presença e ainda avaliar cada serviço que recebe.
— Pelo menos 20% das pessoas que têm consulta agendada no SUS não
comparecem. Com esse sistema podemos chamar para cobrir uma consulta de
alguém que desiste na véspera.Por meio do prontuário eletrônico será
possível também que o médico tenha acesso a todo o tratamento, exames,
medicamentos. Isso garantirá mais qualidade no atendimento e uma
economia de R$ 20 bilhões por ano para o sistema, disse o ministro após
participar da abertura do Seminário Novas Tecnologias em Saúde.
Barros explicou ainda que o atraso para implantar os prontuários
eletrônicos ocorre em razão de uma licitação que está suspensa pelo TCU
(Tribunal de Contas da União).
— O lobby para evitar a informatização é muito grande porque todos os
que vivem de desvios do SUS por desinformação vão perder. Muita gente
fatura hoje por esse descontrole. Mas todas as outras licitações estão
feitas, o cadastramento das empresas e as provas de conceito também.
Logo os municípios poderão escolher as empresas que farão a implantação
do sistema, afirmou.
Febre amarela
O ministro destacou também que já foi atingida mais da metade da meta de vacinação da febre amarela
nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. No decorrer da
campanha, até o dia 13 de março, 17,8 milhões de pessoas foram
imunizadas nesses três estados, o que corresponde 78,6% do público-alvo.
Foram vacinadas 8,8 milhões de pessoas em São Paulo (94,9%), 6,9
milhões no Rio de Janeiro (68,5%) e 1,8 milhão na Bahia (54,3%)
Campanha de vacinação contra a febre amarela é ampliada na capital paulista
— Queremos acreditar que os estados manterão a campanha de vacinação
até atingir uma cobertura razoável na faixa de 90%. Esta é a
recomendação do ministério, mas é decisão de cada secretaria estadual
manter a campanha.