Durante sessão solene em homenagem pelos 58 anos de Brasília, nesta
segunda-feira (23/4), na Câmara dos Deputados, o vice-governador do
Distrito Federal, Renato Santana (PSD), fez duras críticas ao governador
Rodrigo Rollemberg (PSB) e à sua atuação à frente do Executivo local.
Em
um dos momentos mais fortes do discurso, Santana disse que Rollemberg o
discrimina por ele ser negro e ter vindo de Ceilândia. “É hora de dizer
o motivo da perseguição que sofri: é preconceito por eu ser negro, da
Ceilândia. É por isso isso que Rollemberg me despreza. O governador
nunca escondeu seu desprezo pelos mais humildes”, discursou, sendo
aplaudido pelos opositores do governo na Casa.
ter se equivocado ao formar chapa com Rollemberg nas eleições passadas.
“Errei quando apoiei esse plano de governo. Houve aumento nas tarifas
dos ônibus, com um detalhe: na calada da noite. Ele fez um caos na
saúde, não investiu na segurança pública, que consequentemente teve
delegacias fechadas e postos policiais queimados. Sequer fez a
manutenção dos viadutos”, enumerou.
“Acho que o cargo acabou subindo à cabeça”, completou. O
vice-governador criticou as declarações de Rollemberg no seu seu
discurso. Outros criticados por Rollemberg, como o senador Cristovam Buarque, rebateram as afirmações do governador ao
Sem renúncia
fim de sua fala, Renato Santana afirmou que não vai renunciar o cargo
que ocupa no Buriti, pois, se agisse dessa forma, seria “covarde”. Ainda
mencionou que a mãe, a feirante Arlinda, não ficaria feliz em vê-lo
“jogar a toalha. “Se é o objetivo é me calar, que Rollemberg fique na
tentativa. Agora, tentar calar uma população de 3 milhões de pessoas que
gritam por socorro é algo impossível. A não ser que se mude toda a
prestação de serviço à população”, concluiu.
Em nota oficial, a Casa Civil
do Distrito Federal afirmou que as declarações do vice-governador Renato
Santana são inconsequentes e irresponsáveis. Além disso, o acusou de
falta de envergadura moral.
leviana e mentirosa, Santana busca o discurso da vitimização, recorrendo
a argumentos estapafúrdios para acusar o governador de preconceitos
jamais alegado por qualquer pessoa séria em Brasília. Usa o método
sorrateiro para esconder sua incapacidade administrativa”, diz a nota. correio brasiliense.