Uma reportagem da revista britânica “The Economist” desta semana adota um tom duro em relação ao pré-candidato à Presidência e deputado federal Jair Bolsonaro. O político é descrito como “um demagogo de direita”.
A The Economist afirma ainda que Bolsonaro é “radical, nacionalista religioso, ex-capitão do Exército, anti-gay, pró-armas” e que venera “ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985”.
O fato de o deputado aparecer em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos é minimizado pela revista, ao dizer que “seu apelo pode desaparecer à medida em que a economia se recupera de uma recessão e os eleitores prestam mais atenção às eleições”. O texto ressalta ainda que a taxa de rejeição de Bolsonaro só não é mais alta que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As recentes declarações do pré-candidato em relação à economia também repercutiram mal para a publicação britânica.
“Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, fala pouco sobre o que ele faria como presidente, além de restaurar a lei e a ordem. Ele admitiu em uma entrevista recente com Bloomberg a um ‘entendimento superficial’ da economia. […] Menos convencional é o seu desejo de afrouxar as leis de controle de armas, restringir o investimento chinês no Brasil”.
A reportagem termina dizendo que “a forte exibição precoce de Bolsonaro é um sinal de alerta”. “O centro [político] deve provar que está melhor equipado do que os extremistas para reparar o dano que os políticos fizeram”.