Hospital da Região Leste fez 17% mais cirurgias de coluna nos primeiros seis meses de 2019

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O Serviço de Cirurgia de Coluna Vertebral do Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá) aumentou em 17% o número de procedimentos, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. Até junho, foram 162 operações realizadas.

“Ano passado, tínhamos de quatro a cinco horários cirúrgicos e, hoje, subimos para até sete horas por semana. A expectativa é subir, em breve, para até nove horas semanais”, explica o ortopedista Ângelo Augusto Ganeo, responsável técnico assistencial do serviço, justificando o aumento no número das cirurgias. “Atualmente, operamos entre seis e sete casos por semana, sendo a maior parte de urgência e uma ou duas eletivas”, completa.

O serviço é referência em cirurgia de coluna na rede pública de saúde. “Nosso atendimento é feito através de pareceres para os pacientes internados nos hospitais do DF, Entorno e parte dos estados vizinhos. Temos, também, atendimento ambulatorial, o qual está em processo de reformulação para se destinar a casos já triados e que tenham indicação cirúrgica”, explica Ângelo.

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Segundo o ortopedista, são atendidos cerca de 220 pacientes por mês nos pareceres e ambulatórios, entre casos novos internados, casos já com indicação cirúrgica e pós-operatórios. Porém, cerca de 80% das queixas dolorosas na coluna vertebral são relacionadas às patologias degenerativas (hérnias de disco) e, destas, apenas 10% necessitam de cirurgia.

ALTERNATIVAS – “A grande maioria é de tratamento sem cirurgia, com fisioterapia, atividade física e orientação postural. Estas medidas não cirúrgicas podem, tranquilamente, ser prescritas e acompanhadas por ortopedistas gerais, neurologistas, reumatologistas e clínicos gerais”, orienta o médico.

Mas, quando as tentativas de tratamento não dão certo, a cirurgia é a indicação. Este foi o caso de Elizete Pereira Lopes, 33 anos, recém-operada. “Tive uma crise em agosto do ano passado. Tentamos infiltração, fisioterapia, fortalecimento e parecia estar dando certo, até eu ter outra crise, em maio, e o médico decidiu me operar”, conta.

De acordo com Ângelo Ganeo, os problemas da coluna estão divididos em quatro grandes grupos: trauma, tumores, infecção e doenças degenerativas (hérnias de disco, estenose). Após a cirurgia, o acompanhamento é feito por até dois anos, em ambulatório. “Contamos com a parceria do Hospital de Apoio para os casos mais graves, na parte da reabilitação, e apoio de outras unidades na questão da fisioterapia”, complementa.

E será na fisioterapia que o fotógrafo aposentado Benedito Amorim Teixeira, 77 anos, provavelmente se livrará da dormência nas pernas, contínua mesmo três dias depois da cirurgia. “Sentia muita dormência e dor, e o médico achou melhor fazer a descompressão da lombar. Avisou que não resolveria o problema, mas melhoraria bastante”, contou ele, destacando o bom atendimento que tem recebido na unidade. “Tenho vontade de chamar todos de filho”, disse, carinhosamente.

REFERÊNCIA – O Serviço de Cirurgia de Coluna Vertebral do Hospital da Região Leste começou a funcionar em 2012. Até então, as cirurgias de coluna eram feitas somente pela Neurocirurgia do Hospital de Base. “Naquela época, havia uma lista de 70 pacientes aguardando este tipo de procedimento. Ao iniciarmos o serviço no HRL, conseguimos zerar a fila em dez meses”, ressalta Ângelo Ganeo, responsável por abrir o serviço.

O diferencial da unidade é que a equipe é formada por neurocirurgiões e ortopedistas especialistas em cirurgia de coluna. “Conseguimos que os neurocirurgiões que atuavam, naquela época, no Base, viessem compor nossa equipe”, destaca.

Hoje, são 12 profissionais das duas especialidades atuando junto a outros servidores de todo o Hospital da Região Leste, como enfermeiros, técnicos e anestesistas.

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