Frio chega ao auge e zoológico tem até cobertor

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O que é melhor para se aquecer no inverno: deitar sob o sol ou se
aconchegar debaixo de um cobertor? A dúvida, que assolou muitos
paulistanos nessa semana, a mais fria do inverno,
também recai sobre outros moradores da cidade: Pepe, Tina, Cuca, Pipa,
Vitória, Maria Pia, Faustina e Lulu, os oito chimpanzés do Zoológico de São Paulo. 

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Um
a um, os primatas recebem diariamente um cobertor para passar o dia. A
ideia tem justificativa: o distrito do Jabaquara, na zona sul, é um dos
mais frios da cidade. Dentre os 27 locais monitorados pelo Centro de
Gerenciamento de Emergências (CGE), foi o que teve a quarta temperatura
mais fria da capital ontem, com mínima de 7,2º C.

A situação deve, contudo, mudar nos próximos dias. Depois da madrugada de hoje, com expectativa de frio recorde no ano, o calor deve se intensificar no fim de semana e chegar próximo dos 30º C já no domingo.
+ Com temperatura mínima de 7,5ºC, morador de São Paulo se prepara para mais dias frios
No
zoo, a postura dos primatas chamava a atenção ontem. “Olha, aquele se
cobriu”, disse a funcionária pública Helena Cavalcante, de 33 anos, ao
filho, Felipe, de 6. Na frente do cativeiro, a aposentada Miralva Souza
Nascimento, de 62 anos, admirava os chimpanzés enquanto ouvia os
comentários dos quatro netos. “(Os chimpanzés) parecem muito próximos da
gente, assim, no solzinho.”

Como os primatas, outros animais do
zoo ganham tratamento especial no frio, como ar-condicionado e cama
coberta de feno (ou de pano, no caso dos alérgicos). Em alguns casos,
como dos felinos, a comida é reforçada. Entre as preguiças, a
alimentação até diminui, pois se movimentam menos dias frios.

Campanha CLDF
Campanha-CLDF

Previsão

O
clima no Estado começa a esquentar a partir de hoje. “O pior já está
passando. Pode ter um pouco de frio de noite e ao amanhecer, mas não
será uma geladeira. As pessoas vão ter a sensação de que o inverno
acabou”, explica a meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim.

Segundo
ela, uma nova onda de frio deve chegar ao Estado apenas na virada de
julho para agosto. Enquanto isso, há chance de novo recorde de secura,
com umidade abaixo do 20%. “O que nos reserva na segunda quinzena são
dias ensolarados, sem perspectiva de chuva, muito secos, com pouco vento
e bastante poluídos”, adianta.

Pneumologista da Escola Paulista
de Medicina, José Roberto Jardim explica que as doenças mais comuns
desta época do ano são causadas por diferentes fatores, entre eles: 1)
contato frequente com grandes aglomerações em ambientes fechados, o que
ajuda na proliferação dos vírus mais comuns da gripe; 2) pelo uso de
casacos que passaram muito tempo guardados e por isso podem ter
acumulado mofo e ácaros; 3) pelas próprias características da estação,
com baixas temperaturas e tempo seco, que afetam a resistência do corpo e
irritam as vias áreas.

Jardim explica que é comum que os
pronto-socorros recebam mais pacientes no inverno com queixas de gripe e
resfriado – doenças cuja diferença reside na intensidade dos sintomas
como febre e dor no corpo -, rinite, com inflamação da mucosa nasal, e
crises de asma, com a contração dos brônquios. “No caso da asma, por
exemplo, o ar seco irrita as vias aéreas e faz com que os brônquios
percam calor, estimulando a sua contração e causando a crise”, disse o
especialista.


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Cuidados para evitar contrair essas doenças passa principalmente pela
vacinação anterior ao começo do inverno, reforça o médico, mas também
incluem cuidado com a limpeza das roupas, menor exposição a ambientes
fechados por períodos prolongados e melhor umidificação do ambiente, com
equipamentos específicos para esse fim. “Lembrando que passar frio
diminui a resistência, mas também não se pode alimentar um ciclo vicioso
ao usar uma roupa com mofo”, disse. / COLABOROU MARCO ANTÔNIO CARVALHO. JOEL ANTONIO MATOS.


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