Acusado de pedofilia, professor da rede pública do DF é exonerado

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O governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o coordenador regional de ensino do Recanto das Emas, Afonso Wesley de Medeiros. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal de quarta-feira (31/7), após o chefe do Executivo local tomar conhecimento de que Medeiros é acusado de pedofilia.

Servidor de carreira, o educador ainda se mantém vinculado à Secretaria de Educação do DF. Na esfera administrativa, ficará afastado enquanto o caso é investigado por meio de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme informou, por meio de nota, a pasta da Educação. “Caso a denúncia seja comprovada, poderá ser demitido do quadro de servidores efetivos, fora as punições cabíveis na esfera criminal”, diz o texto.

Afonso integra o quadro de professores concursados da rede há quase duas décadas e já ministrou a disciplina de matemática. Além da passagem pela sala de aula, chegou a ocupar o cargo de diretor do Centro de Ensino Fundamental 801 do Recanto das Emas.

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De acordo o GDF, Afonso não está na lista de 110 funcionários públicos demitidos após a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) apontar o cometimento “infrações graves”. A maioria, 52 casos, por abandono de cargo. Também foram analisados processos envolvendo assédio sexual em escolas, apresentação de atestados falsos, improbidade administrativa, além de funcionários públicos que tinham empresas, acumulações indevidas de cargos e de vantagem.

A análise e o julgamento dos processos duraram quatro meses. No total, 142 PADs foram apreciados pela CGDF. Segundo o órgão, os processos ficaram parados por até quatro anos na gestão passada e foram analisados por uma força-tarefa, criada por meio de decreto do governador, publicado no dia 8 de março deste ano.

Pela norma, os casos deveriam ser julgados pelo controlador-geral do DF, Aldemario Araújo Castro. Os processos de abandono de cargo tratam em sua maior parte de servidoras que pediram licença para acompanhamento de cônjuge e nunca mais apareceram para reassumir o posto ou dar alguma satisfação à administração pública.

De acordo com a CGDF, em casos de abandono de cargos, alguns servidores alegaram problemas psiquiátricos, como depressão, e afirmaram que não conseguiram sair de casa para entregar e homologar o atestado médico na administração. Posteriormente, no entanto, quando o documento foi apresentado, a Comissão de PAD constatou que era falso, o que acabou provocando a demissão desses funcionários.

Com relação a assédio sexual, os processos envolveram professores que mantinham relação sexual com alunas de forma consensual ou não. Muitos deles também tramitam na Justiça criminal e tiveram sentenças condenatórias. As alunas tinham, na época, entre 13 e 15 anos, e os crimes ocorriam até mesmo dentro da própria sala de aula.

Em um dos casos que gerou demissão, segundo a CGDF, um professor abusou de uma menor por um ano. Ela não era sua aluna, mas estudava na mesma escola na qual ele lecionava. A mãe da menina, que era conhecida da esposa do professor, teve problemas com o uso de drogas e precisou se internar.

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