A rede pública de saúde do Distrito Federal passou por mudanças estruturantes, nos últimos anos, seja com a adoção de projetos estratégicos para organizar os atendimentos nas unidades de saúde do DF, seja com obras e reformas para melhorar os serviços à população.
Ao todo, a Secretaria de Saúde conta com 172 unidades básicas de saúde (UBSs), 23 policlínicas, 17 hospitais, 17 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A rede teve benefícios em sua estrutura no momento em que as contas foram reorganizadas pela atual gestão.
A partir de 2017, foi possível realizar 63 manutenções em hospitais e policlínicas; fazer adequações prediais e revitalizar 26 UBS com pinturas, trocas de piso, substituição da rede elétrica e hidráulica, entre outras ações; e promover 23 reformas gerais em clínicas, farmácias, laboratórios e hospitais da rede pública.
Entre as principais entregas, é possível destacar o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão, na Asa Norte; a Farmácia de Alto Custo do Gama; a Odontologia do Hospital Regional do Guará; 10 bases do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; Caps I de Brazlândia; laboratório enteral e o bloco administrativo do Instituto Hospital de Base; a Unidade de Odontologia e a emergência pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria.
INFRAESTRUTURA – Foram construídos, ainda, o Banco de Leite do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz); e quatro UBSs, três delas entregues em Samambaia, Sol Nascente e Pôr do Sol, este ano. A última, na Fercal, está em fase final de construção e com previsão de ser inaugurada até o primeiro semestre de 2019. Além disso, mais quatro unidades básicas de saúde foram licitadas em Samambaia, Recanto das Emas, Ceilândia e Planaltina, com obras já iniciadas.
Também houve a renovação da frota de ambulâncias no Distrito Federal. Foram 85 novas viaturas hospitalares entregues entre 2016 e 2017, sendo 23 delas para o Samu, disponibilizadas no ano passado.
Outro exemplo de mudanças positivas foi a desativação de seis caldeiras em hospitais públicos do DF. Elas eram mais poluentes e foram substituídas por aquecedores elétricos, mais modernos e melhores para o meio ambiente. Já estão em processo de desativação outras três caldeiras, nos hospitais do Gama, Paranoá e Planaltina.
“A desativação das caldeiras, altamente poluentes, foi um exemplo de marco na gestão, que vai perdurar pelos próximos anos”, destacou a subsecretária de Infraestrutura da Secretaria de Saúde, Liliane Menegotto.
CONTRATOS E ECONOMIA – A Secretaria de Saúde economizou, em 2017, aproximadamente R$ 28,3 milhões em contratos relacionados a vigilância e manutenção de equipamentos de infraestrutura, como caldeiras e aparelhos de ar-condicionado.
A redução mais significativa ocorreu no contrato da vigilância, que teve uma economia de R$ 21 milhões. Antes, a Secretaria de Saúde gastava, por ano, cerca de R$ 213 milhões com o serviço. Em 2017, esse valor caiu para R$ 192 milhões.
“Sobre os contratos de vigilância, caldeiras, manutenção de elevadores e de aparelhos de ar-condicionado, foram quase R$ 30 milhões em economia. Esse recurso pôde ser aproveitado em outros setores, como na área de pessoal”, destacou Menegotto.
Alcançar essa diferença foi possível devido às licitações por menor preço, praticadas pela Saúde e pela Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplag), além da redução do quantitativo de profissionais, para atender a questões orçamentárias.
Além disso, o termo de cooperação assinado com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) contribuiu nos processos relacionados às obras e demais serviços de infraestrutura implementados pela Secretaria de Saúde. “Fizemos tudo em parceria. Isso ajudou muito a melhorar os serviços”, ressaltou Menegotto.
MELHORIAS ASSISTENCIAIS – Uma das iniciativas mais importantes para a população foi o Projeto Converte, que promoveu a conversão do modelo tradicional de atendimento para a Estratégia Saúde da Família (ESF). Com isso, subiu de 237 equipes Saúde da Família para 530 equipes atendendo em todo o DF.
Dessa forma, o novo modelo permite que a rede de saúde conte, atualmente, com uma estrutura consolidada para atendimento à população. A porta de entrada é a unidade básica de saúde mais próxima da residência do paciente. Lá, ele será atendido por um médico da família, que está apto para avaliar todos os ciclos de vida.
As UBS, que passaram a reservar parte das consultas para quem chega sem marcação, podem solucionar até 85% das demandas dos pacientes. Algumas delas estenderam o horário de atendimento, das 7h às 19h, de segunda-feira a sexta-feira e, aos sábados, das 7h às 12h, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços à população.
OUTROS SERVIÇOS – Entre os vários serviços de saúde ampliados, é possível destacar as Práticas Integrativas em Saúde (PIS). Houve, em 2018, a capacitação de 226 servidores da Saúde e, com isso, foram abertos 38 novos serviços de PIS na rede. Entre eles, estão os grupos de yoga e terapia comunitária integrativa nas unidades de saúde prisional. Vale ressaltar, ainda, que a capacitação em laya yoga resultou na implantação pioneira desse serviço no Sistema Único de Saúde.
Para fortalecer as ações do Programa Bolsa Família nas regiões de saúde do DF, a secretaria desenvolveu cinco oficinas para capacitação de profissionais no acompanhamento das condicionalidades de saúde e formação de multiplicadores, para replicar a capacitação nas unidades básicas de saúde.
Além disso, atingiu-se, neste ano, um patamar de cobertura populacional de 57,85% em atenção domiciliar (Homecare) no Distrito Federal. A porcentagem apresentou melhora de mais de 10% em relação a 2017, devido à criação de mais uma Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar, o que contribuiu para desocupar mais leitos na rede pública de saúde.
Houve, ainda, a contratação da rede privada para prestação de serviços em radioterapia, o que aumentou, consideravelmente, o número de tratamentos ofertados pela Secretaria de Saúde.
PRINCIPAIS REALIZAÇÕES
– Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
– Farmácia de Alto Custo do Gama
– Unidade de Odontologia do Hospital Regional do Guará
– 10 bases do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
– Centro de Atenção Psicossocial I de Brazlândia
– Laboratório enteral do Instituto Hospital de Base
– Bloco administrativo do Instituto Hospital de Base
– Unidade de Odontologia e a emergência pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria
– Banco de Leite do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz)
– 1 UBS em Samambaia
– 1 UBS em Sol Nascente
– 1 UBS no Pôr do Sol
– 1 UBS na Fercal (em fase final de construção, com previsão de ser inaugurada até o primeiro semestre de 2019)
– 4 quatro UBSs licitadas em Samambaia, Recanto das Emas, Ceilândia QNR e Planaltina
Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Arte: Danielle Freire