Competição da modalidade será disputada por equipes e as brasilienses que se preparam para o torneio participam do Projeto Futuro Campeão de Ginástica Acrobática, da Secretaria de Esporte e Lazer
Brasília dia 08 maio 2025 Jornal Mangueiral DF.
Alunas das turmas de ginástica acrobática do Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Estrutural se preparam para a disputa do Campeonato Nacional de Ginástica, que ocorrerá no Distrito Federal. Ao todo, serão sete competições, sendo a primeira entre esta sexta-feira (9) e domingo (11), na Arena BRB Nilson Nelson.
Treino no COP da Estrutural: segundo o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, a ginástica é uma das modalidades mais procuradas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
A competição da modalidade será disputada por equipes, e as brasilienses que se preparam para o torneio participam do projeto Futuro Campeão de Ginástica Acrobática, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF). As alunas do COP são moradoras da Estrutural, Guará, Riacho Fundo e do Assentamento 26 de Setembro.
Segundo o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, a ginástica é uma das modalidades mais procuradas nos COPs. “Nos centros olímpicos, entre as turmas mais cheias que temos, estão as da ginástica”, aponta. “São atletas que têm oportunidade tanto de competir localmente quanto no âmbito nacional”.
A proposta inclusiva da competição também foi ressaltada pelo secretário: “Nossos centros estão inseridos na comunidade, com pessoas em situação de vulnerabilidade social; e, quando esses atletas têm a oportunidade de disputar uma competição como essa, é também uma chance de mudar a vida e a realidade deles e da família”.
Além da oportunidade para os novos atletas, a promoção de campeonatos nacionais em Brasília traz visibilidade para o esporte local e representa uma chance real de inclusão e crescimento para os atletas brasilienses.
“Uma das grandes condições que a gente trata com esses grandes eventos que vêm aqui para o Distrito Federal é dar oportunidade para os atletas locais estarem participando, colocando eles nessas competições nacionais e internacionais, o que é de suma importância”, reforça Junqueira. “Mais do que trazer um evento nacional e internacional, a gente quer que os atletas do Distrito Federal possam estar ali competindo.”
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A treinadora Jéssica Aguiar, que já foi aluna do projeto: “A gente aprende a ser uma pessoa pontual, uma pessoa mais responsável, porque a ginástica acrobática é um esporte coletivo”.
A ginástica acrobática é uma modalidade que combina força, equilíbrio, flexibilidade e controle corporal em apresentações realizadas sem o uso de aparelhos. No Centro Olímpico da Estrutural, o programa atende atualmente 35 ginastas com idade entre 6 e 18 anos, distribuídos nos turnos matutino e vespertino.
À frente da equipe, a treinadora Jéssica Aguiar se orgulha do caminho que trilhou: “Eu fui aluna desse projeto, depois vim como estagiária e hoje sou a treinadora do projeto Futuro Campeão. Essa inclusão é muito importante porque ela não trabalha só a parte física, trabalha o intelectual, o moral. A gente aprende a ser uma pessoa pontual, uma pessoa mais responsável, porque a ginástica acrobática é um esporte coletivo”.
A preparação, explica ela, é feita em etapas: “As meninas treinam quatro horas por dia. Existe uma turminha de preparação, e aí, quando elas evoluem um pouco mais, eu trago para treinar comigo duas vezes na semana. A ideia é que elas estejam prontas para treinar quatro horas por dia”.
Amanda Dias pratica ginástica desde os 8 anos: “O Centro Olímpico foi uma parte muito importante na minha vida, e ainda é”
Uma das promessas da equipe é Esther Caroline Lopes, 12. “Eu faço ginástica acrobática há cinco anos”, conta. “Ela me traz felicidade, porque eu consigo ter mais confiança nas pessoas”. A aluna também elogia a estrutura do COP para a preparação de novos talentos: “É maravilhosa. No centro olímpico aqui, a gente consegue fazer muitas coisas que a gente não consegue fazer em qualquer lugar”.
Entre as veteranas está a aluna Amanda Luiza Dias, 18, que pratica ginástica desde os 8. “O Centro Olímpico foi uma parte muito importante na minha vida, e ainda é”, afirma. “Foi através dele que eu descobri a minha paixão pela educação física, e isso influenciou muito na escolha do meu curso, que é a faculdade que eu estou fazendo agora”.




