Saúde veste amarelo para conscientizar sobre acidentes de trânsito

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Como forma de chamar a atenção para o Maio Amarelo, mês de conscientização para um trânsito mais seguro, servidores da Secretaria de Saúde estão convidados a vestir a cor amarela no dia 14 de maio. Esta será apenas uma das ações previstas para serem realizadas por vários órgãos do Governo do DF dentro da campanha, que é nacional.
“A ideia é realizar uma intervenção sistêmica na temática do acidente de trânsito para compreender os principais fatores de risco e propor ações de intervenção. O desenvolvimento de ações com foco na intersetorialidade é extremamente importante neste tema, pois os danos são grandes, os custos altos e a prevenção e intervenção ultrapassam a capacidade do setor saúde”, esclarece a gerente de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Saúde, Fernanda Falcomer.
Não há registros oficiais de quantas vítimas precisaram ser hospitalizadas, mas dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que, em 2016, as internações decorrentes dos acidentes de trânsito custaram ao Sistema Único de Saúde R$ 253,2 milhões. Os maiores gastos são para recuperar vítimas de acidentes de moto.
“Somos responsáveis principalmente pelo acolhimento, cuidado, recuperação e reabilitação da vítima e dos seus familiares. Nas situações de um acidente de trânsito, recebemos para cuidar, no mesmo momento, todos os envolvidos, vítimas, causadores e seus familiares. Precisamos oferecer a melhor assistência para que as sequelas sejam minimizadas”, ressalta Falcomer.
VÍTIMAS – Nesta situação está Sandra Sony Lino Sobrinho, 37 anos, que sofreu um acidente de carro quando viajava por rodovia próxima a Unaí (MG), com três filhas e o marido. “Era à noite. Ele acabou adormecendo e bateu em uma árvore”, relembra ela, única com ferimentos na ocasião.
Desde o acidente, no início de março, Sandra já passou por três cirurgias em razão de fraturas no pé e no joelho. Ainda internada no Hospital Regional de Taguatinga, recupera-se de cirurgia para retirada de sete pinos do joelho em razão de uma inflamação no local.
O caso da família de Sandra reforça o que dizem as estatísticas: pelo menos 65% dos acidentes de trânsito são causados por negligência ou irresponsabilidade do motorista.
Foi um desses fatores que quase levou a vida de João Alves Prado, 54 anos. No final de abril, um carro entrou na contramão e acertou a motocicleta dele, em um cruzamento em Taguatinga.
“Eu estava a apenas 20 km/h, pois me preparava para fazer um retorno, quando o carro veio e bateu de frente comigo. Fui arremessado para cima do veículo e fraturei a perna”, conta ele, que está internado para uma cirurgia.
No mesmo período em que Sandra e João Alves foram hospitalizados, outras 77 pessoas não tiveram a mesma sorte e acabaram morrendo em acidentes de trânsito. Apesar do número alto, ele é 19% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
 Estudos apontam que o acidente de trânsito é a nona maior causa de mortes no mundo e a principal causa de mortes e incapacidades entre jovens de 15 a 29 anos de idade.
CAMPANHA – No trânsito, o sentido é a vida! A frase é o tema do movimento Maio Amarelo de 2019. Em sua sexta edição, a campanha propõe o envolvimento da sociedade nas ações e uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade.
Em 11 de maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para o balanço das ações que o mundo inteiro realiza.Alline Martins, da Agência Saúde

Campanha CLDF
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