Nas redes, candidatos comentam decisão do veto à candidatura de Lula

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Os candidatos à Presidência da República enfatizaram, nas redes sociais, o prosseguimento da corrida presidencial após a decisão
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de sexta-feira. Os
ministros rejeitaram, por seis votos a um, o registro de candidatura do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A candidata da Rede, Marina Silva,
afirma, em seu perfil no Twitter, que a despeito da sequência do
processo eleitoral conforme os ritos legais, “a Justiça ainda precisa
alcançar todos aqueles que cometeram crimes e que estão protegidos pelo
manto da impunidade do foro privilegiado”.

Ciro Gomes,
do PDT, ressalta que, embora considere injusta a condenação de Lula, a
Lei da Ficha Limpa certamente impediria a candidatura do ex-presidente.
“Compreendo a dor e o momento difícil por que passa o PT, mas entendo
que a decisão neste momento tornará a campanha mais clara para os
eleitores, evitando o trauma e a perplexidade de uma substituição na
véspera da eleição”, avalia ele, que acrescenta: “A decisão do TSE que
tornou o ex-presidente Lula inelegível infelizmente já era prevista”.

A
decisão do TSE, em que a maioria dos ministros votou contra o registro
da candidatura de Lula, na opinião do candidato do PSOL Guilherme Boulos,
confirma um “jogo de cartas marcadas contra Lula”. “Mais um capítulo da
desmoralização do Judiciário brasileiro. Perde a democracia”, resume
ele, em seu perfil no Twitter.

Já o candidato Jair Bolsonaro,
do PSL, destaca a necessidade de as leis serem cumpridas. “Estamos
presenciando um exemplo prático do que é um país com sua soberania
ameaçada. Justiça, investigações, leis, penas, nada disso tem
significado diante desta situação. Parte de nossa missão é justamente
garantir essa soberania para que nossas leis sejam devidamente
cumpridas!”, afirma ele, em sua página oficial, no Twitter.

Álvaro Dias,
do Podemos, gravou um vídeo em que afirma que o TSE “respeitou o Brasil
decente”. Segundo ele, o Tribunal julgou “o que não deveria nem estar
sendo julgado porque é surreal a candidatura de um político preso por
corrupção e lavagem de dinheiro, inelegível desde a Lei Ficha Limpa.
Dias criticou ainda o voto do ministro Edson Fachin, que votou a favor
do registro da candidatura de Lula à disputa presidencial e chamou a
atenção para a necessidade de repensar o modelo de preenchimento de
cargos de ministros de tribunais superiores.

“Confesso aqui a
minha profunda tristeza com esse comportamento, de alguém que vinha se
comportando bem até ontem à noite e, ontem à noite, literalmente pisou
na bola como se diz popularmente. Sujou a sua biografia, adotando uma
posição inexplicável, injustificável. Qual é a justificativa?”,
questionou Dias, acrescentando que a justificativa usada por Fachin que
recorreu ao comunicado do Comitê de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU), que pede que Lula participe como candidato às
eleições de 2018, é uma afronta à soberania uma vez que a entidade não
pode interferir em assuntos de interesse do País.

Os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin, do MDB, Henrique Meirelles, do Patriota, Cabo Daciolo (Patriota), do PSTU, Vera Lúcia, do Novo, João Amoedo, e do PPL, João Goulart, não comentaram sobre a decisão do TSE até momento.

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