Ministério Público do Paraguai pede suspensão de processo contra Ronaldinho Gaúcho

0

Ministério Público do Paraguai apresentou um pedido solicitando a suspensão do processo contra Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão, Assis. Os dois estão presos em Assunção há cinco meses acusados de usarem passaportes falsos para entrar no país. A solicitação do MP deve ser analisada pela Justiça paraguaia nos próximos dias. Se for aceita, os brasileiros ficarão livres para retornar ao Brasil após pagarem multa de US$ 200 mil (pouco mais de R$ 1 milhão), sendo US$ 90 mil (R$ 487 mil) referentes a Ronaldinho e mais US$ 110 mil (R$ 542 mil) de Assis.

Ronaldinho e o irmão foram presos no dia 6 de março. Depois de ficarem em um presídio de segurança máxima, os dois foram transferidos em abril para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,5 milhões).

O anúncio nesta sexta-feira de que o MP pediu a suspensão do processo é uma vitória para Ronaldinho Gaúcho e o irmão após sucessivas derrotas na Justiça do país vizinho. No mês passado, por exemplo, a Quarta Corte de Apelação de Assunção rejeitou recurso de seus advogados, que questionavam a maneira como o processo vinha sendo conduzido.

A pena para o uso de passaportes falsos no Paraguai prevê até cinco anos de prisão. Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Desde o início das investigações, a defesa dos brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

Campanha CLDF
Campanha-CLDF

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional de Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui