Cento e cinquenta paróquias do DF vão se engajar na luta contra o mosquito
Um total de 150 paróquias do Distrito Federal, e suas respectivas capelas, vão se engajar no combate ao mosquito Aedes aegypti. A iniciativa é resultado de parceria firmada, nesta quarta-feira (17), entre o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, e o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Franscisco Araújo, em reunião realizada na Cúria Metropolitana.
De acordo com Okumoto, é necessário o trabalho somado entre a Secretaria de Saúde e demais entidades civis e religiosas para conscientizar as pessoas sobre os perigos do Aedes, principalmente porque os criadouros do mosquito ficam, em sua maioria, nas residências.
“A Igreja Católica tem um alcance muito grande perante seus fiéis. Nesse momento, que temos a Semana Santa, a Sexta-Feira Santa e o Domingo de Páscoa, se torna ainda mais importante esse tipo de informação, então esperamos que tenha uma divulgação muito ampla nesses dias de missas”, afirma o secretário.
Os padres receberão as informações sobre o combate ao Aedes diretamente da Cúria Metropolitana, para divulgarem aos fiéis em suas paróquias. “Queremos aumentar esse esforço conjunto para superar os riscos da dengue e demais doenças transmitidas pelo mosquito. Contamos com as pessoas presentes nas nossas paróquias para contribuir nesse esforço coletivo”, disse Dom Sérgio da Rocha.
No encontro, o presidente do Iges-DF ressaltou a importância do papel da Igreja Católica na comunidade, que pode informar, de forma pedagógica, centenas de fiéis sobre o Aedes. “É mais um ator importante no processo de combate à dengue”, completou.
A previsão é de que outras instituições religiosas, como as igrejas evangélicas, também sejam procuradas pela Secretaria de Saúde para se engajarem na luta contra o mosquito transmissor da dengue e demais arboviroses.
CONSCIENTIZAÇÃO – Com a conscientização atingindo o maior número possível de pessoas, Okumoto espera uma redução na transmissão de doenças como a dengue em locais com maior incidência do Aedes.
Enquanto isso, a Secretaria de Saúde tem feito ações, de forma estratégica, nas regiões administrativas, com o uso do fumacê (UBV), inseticidas e bombas costais, além das campanhas difundidas no período de sazonalidade dessas doenças. “Com tudo isso, é esperado uma redução representativa da presença do mosquito e, dessa forma, a transmissão cai”, pontua Okumoto.
DADOS – De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, de janeiro até a primeira semana de abril foram registrados 8.690 casos prováveis de dengue em todo o DF. A Região de Saúde Leste, que engloba Paranoá, Itapoã e São Sebastião, continua com o maior número desses tipos de casos, com 2.593 ocorrências – 29,8% do total. Leandro Cipriano, da Agência Saúde