Um homem de 39 anos foi baleado no pescoço na rua Padre João Wislinski,
no bairro Santa Cândida, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28),
segundo a PM (Polícia Militar). No local encontra-se o acampamento de
manifestantes que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 07 de abril na capital paranaense.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), um
indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o local onde
estão os apoiadores do petista.
O homem ferido está entubado e em estado grave, segundo o Hospital do
Trabalhador, onde está internado. O baleado é militante e de São Paulo.
Além dele, uma mulher ficou ferida sem gravidade por estilhaços de
banheiro químico, conforme os representantes dos movimentos sociais.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT (Partidos dos Trabalhadores), disse
em um vídeo na rede social que o acampamento foi alvo de mais de 20
tiros.
— As pessoas passaram várias vezes gritando e se manifestando de forma contrária. Mais de 20 tiros foram dados no acampamento.
A Sesp informou que peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais
militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da
Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9
mm e foi aberto um inquérito para apurar o caso.
Protesto
No começo da manhã, os apoiadores do ex-presidente fizeram um protesto
para repudiar o atentando que ocorreu durante a madrugada. A avenida
Mascarenhas de Morais, próxima ao acampamento, foi fechada.Ela foi
liberada antes das 9h.
Acampamento
Os manifestantes que apoiam Lula estão acampados em um terreno vazio
que fica a 800 metros de distância da Superintendência da Polícia
Federal, onde o ex-presidente está preso. O terreno foi alugado por 30
dias.
Antes, os movimentos sociais estavam acampados em ruas próximas ao
cordão de isolamento feito pela Polícia Militar ao redor do prédio da
PF. A mudança ocorreu após um acordo entre representantes do
acampamento, da Sesp, do MP-PR (Ministério Público no Paraná) e da
Polícia Federal.
A vigília a favor de Lula divulgou uma nota repudiando o ataque e cobrando mais segurança para os manifestantes.
“A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da
tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não
aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um
Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba. Não nos intimidarão!
No fundo, é uma crônica anunciada. Desde o dia quando houve a
mudança de local de acampamento (17), cumprindo demanda judicial,
integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde
aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio
de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no
local do acampamento”. fonte R7.