Glória Maria fala de racismo e preocupação com as filhas

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Na noite da última sexta (5), Glória Maria participou do “Globo Repórter” para falar sobre um tema que faz parte de sua vida desde sempre: o racismo. A jornalista contou a sua experiência com o preconceito por sua cor de pele em um relato emocionante e demonstrou a preocupação com suas filhas.

Um dos mais importantes nomes do jornalismo no Brasil, Glória Maria não recebe o mesmo tratamento que seus colegas de profissão de pele branca. Em um “Globo Repórter” especial sobre o tema, ela confessou ter aprendido desde muito cedo a lidar com o racismo e falou sobre o futuro que sonha para suas filhas.

Sem poder participar mais ativamente do programa devido à recuperação de um tratamento de saúde, ela gravou de sua casa vídeo para apresentar a reexibição do programa “Em Pauta”, da GloboNews, em TV aberta. Publicidade

“Quem nasce orgulhosamente negro sabe muito bem o que são obstáculos. Então, como eu poderia ficar de fora desse momento tão especial do ‘Globo Repórter’? Como não apresentar essa conversa aberta e reveladora dos meus colegas?”, justifica sua participação.

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Antes de entregar a fala aos colegas que participaram do programa da Globo News, Glória deu o seu relato. “Racismo é uma coisa que eu vivi desde sempre e a gente vai aprendendo a se defender da maneira que pode”, afirma.

Mesmo com todas as situações de preconceito vividas, a jornalista qual é a sua maior dificuldade no momento. “O difícil pra mim agora é contar para as minhas filhas o que é o racismo no momento em que elas estão assistindo a essas manifestações nos Estados Unidos e em muitos países”.

Mãe de de Laura e Maria, ela fala sobre o peso de explicar a morte de alguém justificada pela cor da pele. “Mas eu espero que quando elas crescerem, elas agora estão com 11 e 12 anos, a gente esteja vivendo num mundo melhor”, reforçou.

“Eu não sou muito otimista, mas eu acredito que um dia todo mundo vai ser visto como igual. Ninguém vai ser discriminado pela cor da pele. Tomara que minhas filhas não precisem viver o que a gente vive hoje”, concluiu.

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