O PSDB elegeu Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, como seu novo presidente nacional durante a 14ª Convenção Nacional do partido. Ele recebeu um total de 470 votos a favor, três votos contrários e houve uma abstenção. O evento foi realizado em Brasília, neste sábado (9).Alckmin assume o partido com a preocupação de apresentar um discurso capaz de lhe credenciar como candidato do centro político na disputa presidencial de 2018. O primeiro vice-presidente será Marconi Perillo. O segundo vice-presidente é Ricardo Tripoli.O governador de São Paulo vai se oferecer como um contraponto à possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral de 2018. Durante seu discurso, Alckmin atacou o ex-presidente e o culpou por “uma década perdida” na economia. Além disso, o tucano se comprometeu, se eleito presidente, a fazer “as reformas que darão condições para o Brasil voltar a crescer”.A convenção do partido contou com a participação de grandes políticos tucanos como o senador Tasso Jereissati, o governador Marconi Perillo, o prefeito João Doria, José Serra, entre outros. O senador Aécio Neves (MG), agora ex-presidente do PSDB, fez uma passagem relâmpago e não ficou na convenção.Ele recebeu muitas críticas por ser investigado, saiu pelos fundos do palco e foi embora por uma passagem privativa, sem esperar os discursos principais da convenção. Em maio de 2017, Aécio se licenciou de seu cargo no partido após a divulgação da gravação na qual pede R$ 2 milhões para Joesley Batista, dono da JBS.Contando a saída de Aécio, o PSDB contabiliza quatro trocas de presidente apenas este ano. Com o licenciamento do senador mineiro, o senador Tasso Jereissati assumiu a presidência interina até o início de novembro, mas foi destituído por Neves.Ainda provisoriamente, Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, assumiu o cargo até a realização da convenção nacional.Alinhamento com Temer e ataque a LulaEmbora esteja deixando a base aliada do presidente Michel Temer, o PSDB vai dar apoio à agenda econômica do governo. Pré-candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sinalizou um alinhamento em relação às propostas econômicas do governo do presidente Michel Temer, como as reformas, e responsabilizou o PT e, particularmente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela recessão. “Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história.”“O governo Temer herdou uma situação calamitosa e está trabalhando para sair desse quadro”, afirmou também. “O atual governo começou a reverter a tragédia econômica em que o País foi colocado.”Alckmin disse que o aumento do desemprego foi consequência de erros da gestão de Lula. “Foram 15 milhões de empregos perdidos, milhares de empresas fechadas, sonhos desfeitos, negócios falidos. As urnas os condenarão pela frustração dos projetos e por milhões de famílias levadas ao desespero”, afirmou. “As urnas os condenarão pelo desgoverno, pelo desmonte da Petrobras e pelas obras inacabadas.”
Tumulto
urante discurso do senador Tasso Jereissati (CE) houve um princípio de tumulto entre militantes do PSDB que acompanham a convenção do partido, em Brasília, neste sábado, dia 9.