João Miguel, um menino de 10 anos, foi sepultado no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, nesta segunda-feira, 16, após ser encontrado morto em uma fossa de aproximadamente 1,5 metro de profundidade. O corpo da criança, que estava desaparecida desde 30 de agosto, foi encontrado na sexta-feira, 13, em uma área de mata no setor Lúcio Costa.
Brasília dia 18 setembro 2024 Jornal Mangueiral DF, Joel Matos.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), João Miguel foi assassinado entre os dias 10 e 13 de setembro, e seu corpo foi encontrado com sinais de violência, incluindo mãos amarradas e um tecido preso ao pescoço, envolto em um pano similar a um lençol.
Durante o sepultamento, familiares e amigos se reuniram para prestar suas últimas homenagens e expressar seu desespero e indignação. “Ele era uma criança muito feliz, sempre sorrindo e brincando. Olhe ao seu redor. Olhe o tanto de gente. Todo mundo gostava dele. Como puderam fazer isso com uma criança? A gente clama por Justiça. A polícia precisa descobrir quem fez isso. O crime não pode ficar impune”, declarou Solange Paz, parente de João.
A família recebeu uma ligação misteriosa dias após o desaparecimento do menino, que sugeria que o corpo poderia estar em um bueiro. “Nunca vi João sem sorrir”, lembrou Solange, evidenciando a tristeza pela perda de uma criança que estava sempre alegre.
A delegada-chefe da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), Bruna Eiras, lidera as investigações e indica que, apesar das evidências coletadas, ainda não é possível confirmar as circunstâncias exatas da morte. Há suspeitas de asfixia e a polícia ainda busca identificar o local onde João pode ter sido mantido em cativeiro. Eiras solicita que qualquer pessoa com informações sobre um possível cativeiro entre em contato com a PCDF pelo número 197. O corpo foi encontrado após uma denúncia anônima que alertou sobre uma situação suspeita na área de mata.
A investigação está aberta a todas as possibilidades, incluindo a ideia de que o crime pode envolver mais de uma pessoa e pode ter sido premeditado ou resultado de um ato impulsivo. As autoridades planejam ouvir depoimentos de familiares, amigos e vizinhos. O pai de João Miguel, que está preso há sete meses, também será interrogado. A delegada Bruna Eiras ressaltou que, apesar de os laudos periciais geralmente demorarem cerca de 30 dias, o caso receberá atenção especial devido à sua gravidade.