Delegado da Lava Jato vai assumir repressão a crimes financeiros da PF

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O delegado de Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, responsável pela investigação originária da Operação Lava Jato, vai para Brasília, em missão especial. Ele aceitou o convite para assumir a Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros (DFIN), uma das mais importantes unidades na estrutura da corporação.
Anselmo não foi apenas o responsável pela origem da Lava Jato. Durante o longo período em que integrou a força-tarefa da PF ele protagonizou capítulos históricos da investigação – por exemplo, prendeu no dia 19 de junho de 2015 o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, em São Paulo, e conduziu os inquéritos contra o ex-presidente Lula.
Desde janeiro de 2017, o delegado ocupa o posto de chefe da Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal, no Espírito Santo.
Na quarta-feira, 10, Anselmo recebeu convite de Brasília.
Ele protagonizou alguns dos principais episódios do escândalo de corrupção na Petrobras.
Em 2013, Márcio Anselmo iniciou a operação que mirava a lavagem de dinheiro da família do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e do doleiro Alberto Youssef. Seu trabalho, em conjunto com outros delegados e agentes federais, resultou na Lava Jato – que tese sua primeira fase ostensiva deflagrada em março de 2014.
Especialista em crimes de combate à corrupção e de lavagem de dinheiro, Anselmo assumirá a DFIN ainda em janeiro.
Anselmo pediu para sair da Lava Jato em meados de 2016, motivado “por esgotamento físico e mental causado pelos mais de três anos” que esteve à frente dos inquéritos da operação, segundo registrou em documento enviado aos comandos da PF em Curitiba e Espírito Santo, no ano passado.

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