Os crimes contra o patrimônio monitorados pelo Programa Viva Brasília
– Nosso Pacto Pela Vida tiveram redução de 19,9% em maio, comparados ao
mesmo mês do ano passado. O índice foi divulgado durante entrevista
coletiva, na manhã desta sexta-feira (8), pela cúpula da Segurança
Pública e outros órgãos de governo.
Do conjunto analisado, furto em veículo, roubos a pedestres,
veículos, a comércio e transporte coletivo apresentaram queda em maio de
2018 contra 2017. A maior delas nessa última natureza, em termos
percentuais: menos 41,6%. Foram 238 casos em 2017 e 139 em 2018.
Seguindo a lista, a segunda maior redução foi de furto em veículo:
queda de 26,3%. As ocorrências passaram de 1173 para 864. Os roubos de
veículos, por sua vez, caíram 22,4% no último mês, com 95 casos a menos.
Os registros saíram de 429 para 329.
Na sequência está o roubo a comércio, que engloba estabelecimentos no
geral, casas lotéricas e postos de combustíveis. Com decréscimo de
17,6%, os casos saíram de 182 para 150. Os roubos a pedestre reduziram
16,5% (3378 para 2822).
O único roubo que aumentou, em três casos, foi o de residências.
Passaram de 63 para 66. Em contrapartida, no acumulado do ano, houve
redução de 29%. Entre janeiro e maio, inclusive, todos os seis tipos de
roubo e furto reduziram, se forem comparados com o mesmo intervalo do
ano passado.
O secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Sampaio,
explicou, durante resposta aos jornalistas, que a sensação de
insegurança está entre as prioridades do governo e não é combatida
apenas com ação policial. “Mapeamos as desordens de cada cidade. O que
tem de lixo, de poste sem luz. Tudo vai para um sistema e os órgãos
responsáveis recebem as informações e dão soluções”.
Em maio, pelo menos 50 mil toneladas de lixo foram recolhidas e houve
400 podas de árvores somente em Águas Claras, Vicente Pires e
Taguatinga, segundo a Secretaria das Cidades.
Mortes violentas
Desde a implantação do Viva Brasília, em 2015, 607 vidas foram
preservadas. A informação leva em conta a seguinte análise: se o DF
tivesse mantido a incidência de mortes violentas que havia em janeiro de
2015 até o final de maio de 2018, mais de seiscentas pessoas teriam
sido assassinadas.
O mês de maio fechou com 38 homicídios, sete casos a mais do que maio
do ano passado. No acumulado, porém, o crime teve queda de 4,8% (de 210
para 200).
Segundo o secretário da SSP/DF, o DF deve fechar o ano com menos
mortes do que o ano anterior. “Temos problemas, mas há um esforço para
melhorar a segurança. Caminhamos para o terceiro ou quarto lugar do país
com menor taxa de homicídios”, aposta Sampaio.
A apresentação dos dados também mostrou que o latrocínio reduziu de
cinco para três, nos meses de maio analisados. Já o crime de lesão
seguida de morte manteve-se o mesmo: um caso em ambos os meses.
Vale lembrar que, nesta semana, foi publicado o Atlas da Violência 2018 que
colocou o DF na sexta posição com menor incidência de homicídios em
relação a outras unidades da federação. A publicação leva em conta o ano
de 2016.
Violência sexual
Houve diminuição de 52,1% nos estupros cometidos em maio deste ano:
os casos passaram de 71 em 2017 para 34 em 2018. A maioria das
ocorrências – 21 – é vulnerável (menores de 14 anos de idade, idosos,
deficientes e pessoas que não tinham como se defender na hora do fato).
Outros 13 são maiores de 14 anos anos.
De acordo com análise da SSP/DF, em 95% dos casos de vulnerável o
autor e a vítima tinham vínculo como, por exemplo, parentesco. No caso
dos adultos, a relação também é alta: 62%.
Participaram da entrevista coletiva, além do secretário da SSP, os
secretários das Cidades e de Mobilidade, Hamilton Santos e Fábio
Damasceno, respectivamente; e a secretária da Mulher, Joana D’Arc Mello.
Das forças de segurança, estiveram presentes o comandante-geral da
Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes; o diretor-geral da
Polícia Civil, Eric Seba; o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar,
coronel Wanderlam Fernandes; e o diretor de Policiamento e Trânsito do
Detran, Glauber Peixoto.
Assessoria de Comunicação da SSP/DF.