Um turista chinês de 80 anos infectado pelo COVID-19 morreu na França, sendo esta a primeira morte na Europa, anunciou hoje a ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn.
Esta morte é “a primeira fora da Ásia e a primeira na Europa”, sublinhou a ministra durante uma conferência de imprensa.
O homem, originário da província de Hubei – a mais afetada na China -, chegou na França em 16 de janeiro e foi internado no Hospital Bichat, na capital francesa, em 25 de janeiro.
Esta é a quarta morte reportada fora da China continental e a primeira na Europa. As outras três mortes foram registadas na região chinesa de Hong Kong, Filipinas e Japão.
A China anunciou neste sábado (15.02) a morte de 143 pessoas nas últimas 24 horas no país devido ao coronavírus Codiv-19, elevando para 1.523 o número de vítimas mortais da epidemia na China continental.
De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, o número de infectados no interior da China (que exclui Macau e Hong Kong) cresceu 2.641, para 66.492. No mesmo período em análise, 1.373 pessoas receberam alta hospitalar.
Por outro lado, só na província chinesa Hubei, epicentro do novo coronavírus, designado COVID-19, foram reportadas mais 139 mortos nas últimas 24 horas, elevando para 1.457 o número de pessoas mortas na província, segundo os dados da Comissão de Saúde de Hubei.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
O coronavírus COVID-19 provocou agora 1.527 mortos e infetou cerca de 65 mil pessoas a nível mundial. A esmagadora maioria dos casos ocorreu na China, onde a epidemia foi detetada no final do ano.
O Ministério da Saúde egípcio anunciou na sexta-feira (14.02) o primeiro caso do novo coronavírus COVID-19 no continente africano. Os ministros da Saúde dos países da CEDEAO anunciaram que vão fortalecer a cooperação para enfrentar o surto.
O portador da doença que morreu na sexta-feira no Egito não é de nacionalidade egípcia, indicou o ministério em comunicado, sem precisar a nacionalidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi informada e o doente, que não apresentava qualquer “sintoma”, foi transferido para um hospital e colocado em quarentena para ser observado e receber tratamento, segundo o ministério.
Os ministros da Saúde dos países que integram a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram também na sexta-feira que vão fortalecer a cooperação entre os países para enfrentar o surto do coronavírus COVID-19.
De acordo com a agência France-Presse, os governantes reuniram-se em Bamako, capital do Mali, com o objetivo de “fortalecer as capacidades das entidades nacionais e regionais em questões de vigilância, prevenção e deteção precoce” do coronavírus COVID-19. Apesar de ainda não haver casos confirmados nos países que compõem a CEDEAO, os frágeis sistemas de saúde em África preocupam as autoridades, devido às consequências que poderão advir do aparecimento e propagação desta infeção vírica.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental é composta por Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo e Guiné-Conacri.