Comissão dos EUA bloqueia taxas de Trump a silício do Brasil

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Um
organismo independente dos Estados Unidos freou, nesta sexta-feira
(23), as medidas protecionistas da Casa Branca impostas ao silício
metálico importado de quatro países, entre eles o Brasil.
A
decisão se refere a um entre vários casos pedidos pelo governo do
presidente Donald Trump, que se propõe a defender a produção nacional,
frente a produtos que são importados a preços mais baixos devido a
práticas comerciais consideradas desleais.
Os
Estados Unidos despertaram temores de uma guerra comercial ao impor
pesadas tarifas sobre as importações de aço, alumínio, painéis solares e
produtos tecnológicos.
No
ano passado, o Departamento de Comércio impôs provisoriamente medidas
compensatórias sobre o silício metálico, usado para fabricar painéis
solares e microchips, proveniente de Brasil, Austrália, Noruega e
Cazaquistão.
Contudo,
a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos, um organismo
bipartidário e independente, disse que as importações do produto, que
foram de 137,5 milhões de dólares em 2016, não prejudicam empresas
americanas.
Consequentemente, os direitos provisoriamente cobrados até então por agentes aduaneiros deverão ser devolvidos.
Na
decisão do ano passado, o Departamento de Comércio acusou produtores de
Austrália e Brasil de venderem silício aos Estados Unidos com preços de
dumping.
No caso da Noruega e do Cazaquistão, seus exportadores foram inadequadamente subsidiados, segundo a pasta.
O
mesmo organismo já decidiu contra a Casa Branca outras vezes, como
quando impediu tarifas aduaneiras impostas a uma encomenda de aviões
canadenses Bombardier C Series por 5 bilhões de dólares.

Campanha CLDF
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