Cinemateca Brasileira reabre ao público na próxima sexta-feira

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Cinemateca Brasileira

Programação tem filme inédito e mostra do ator José Mojica Marins

Brasília dia 11 maio 2022 Jornal Mangueiral DF.

Uma mostra dedicada a José Mojica Marins – o Zé do Caixão – marca a reabertura da Cinemateca Brasileira, com sessões nos dias 13, 14 e 15 de maio (sexta-feira, sábado e domingo). A Cinemateca Brasileira é responsável pela preservação da produção audiovisual do país e conserva o maior acervo cultural.

No primeiro dia do evento, será exibido o média-metragem inédito A Praga (1980), restaurado e finalizado pelo produtor Eugenio Puppo, que encontrou as latas do filme perdidas no escritório do cineasta, quando organizava, em 2007, uma retrospectiva do mestre do terror.

Campanha CLDF
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“Na reabertura vai ser apresentado o filme A Praga, feito nos anos 80 e recuperado por Pupo, parceiro histórico da cinemateca. Os filmes do Mojica, neste momento, passam por trabalho de recuperação, sob coordenação do Paulo Sacramento, também parceiro da instituição. A obra foi preservada ao longo de anos, então poder abrir com esse recorte filmográfico e tendo como mote a apresentação do filme que foi resgatado, passando por longo processo de recuperação, tem tudo a ver com este momento da Cinemateca”, afirma a diretora técnica Gabriela de Sousa Queiroz. 

Após um ano e meio fechada devido a alagamento, incêndio e a um processo por abandono, a instituição reabre com novas expectativas, acrescenta Gabriela.

“Entramos aqui em novembro de 2021, depois de longa espera de 16 meses, desde a saída da última organização social. Nesse período, a cinemateca paralisou as atividades finalísticas. No meio desse caminho teve o incêndio, houve muito perdas. Para os trabalhadores, foi muito difícil ficar fora da instituição, quando finalmente conseguimos retornar com a Sociedade Amigos da Cinemateca, em caráter emergencial. A primeira missão era tomar pé do acervo, da infraestrutura, do parque tecnológico”, detalha a diretora.

“De lá pra cá, a gente vem trabalhando para sanear os principais problemas e, finalmente, agora reabrir a Cinemateca aos espectadores, às pessoas que usam o espaço para lazer, recreação. É um espaço de pesquisa, de estudos, enfim, devolvê-la à própria comunidade”, completa.  

Em novembro de 2021, a Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo, selecionou a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) em edital, para celebração de contrato de gestão da instituição. A entidade é responsável pela execução de atividades de guarda, preservação, documentação e difusão do acervo audiovisual da produção nacional por meio da gestão, operação e manutenção da Cinemateca.

A nova diretora do espaço é a professora titular aposentada da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) Maria Dora Mourão. Além da diretora técnica Gabriela de Sousa Queiroz, assume a diretoria administrativa e financeira Marco Antônio Alves. O mandato é de quatro anos.

Mostra O cinema sem medo de Mojica

Cinemateca Brasileira | Sala Grande Otelo

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana

Ingressos gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão

Dia 13 de maio, sexta-feira, na área externa 

(500 lugares)

19h:  Abertura

20h: A Última Praga de Mojica (17 min) e A Praga (52 min)

Dia 14 de maio, sábado, na Sala Grande Otelo 

(210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)

16h: Mesa com André Barcinski, Dennison Ramalho e Paulo Sacramento 

18h: Encarnação do Demônio (94 min) 

20h: Trilogia de Terror (101 min)

Dia 15 de maio, domingo, na Sala Grande Otelo 

(210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)

18h: O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos) (92min)

20h: Exorcismo Negro (100 min)

Homenagens

Na reabertura da Cinemateca, o público encontrará novidades, decorrentes de homenagens. A partir de 12 de maio, a sala de projeção, inaugurada em 1997 com o patrocínio da Petrobras, passa a se chamar Sala Oscarito. A sala que estreou com patrocínio do BNDES em 2007, é agora a Sala Grande Otelo. Já a sala onde se reúne regularmente o Conselho da Cinemateca recebeu o nome da escritora Lygia Fagundes Telles, que integrou a diretoria da instituição entre 1978 e 1986 e o seu conselho até 2013. 

Semana & Prêmio ABC

De 25 a 28 de maio, a Cinemateca Brasileira volta a expor a Semana & Prêmio ABC 2022 (abcine.org.br), evento anual promovido desde 2002, que tem o objetivo de apresentar ao mercado, a estudantes e trabalhadores do audiovisual novas tendências e novas tecnologias, e de gerar reflexão em torno de temas variados por meio de conferências, painéis e debates, que reúnem profissionais de diversas áreas do setor, do Brasil e do exterior, além de outras atividades. 

A programação do evento, que neste ano volta a ser presencial, contará com diversas mesas de debates, como as tradicionais voltadas à direção de fotografia, educação, som, direção de arte e montagem, além do retorno da Exposição de Equipamentos e Serviços. 

A Semana ABC é um evento histórico, que traz estudantes, pessoas do mercado, técnicos para discutir audiovisual e tecnologia. O prêmio ABC será entregue no último dia. Neste ano, o encontro, que não ocorria desde 2020, passa a ser presencial.

O encerramento da Semana & Prêmio ABC 2022 será no dia 28 de maio, com a entrega do Prêmio ABC aos profissionais de filmes feitos entre maio e dezembro de 2021, inscritos nas categorias direção de fotografia (ficção e documentário), direção de arte, montagem, equipe de som (ficção e documentário), fotografia curta-metragem, direção de arte, equipe de som em série de TV, fotografia de videoclipe, filme estudantil e filme publicitário. O evento é realizado pela Associação Brasileira de Cinematografia, em parceria com a Cinemateca Brasileira. 

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