Caixa diz que governo estuda ampliar o Minha Casa Minha Vida

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O estudo para ampliar o programa habitacional foi confirmado pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza. O tema é acompanhado de perto pelo presidente Michel Temer.
Segundo pessoas que acompanham o debate no governo, a ideia é beneficiar famílias mais carentes, especialmente a faixa 1 do programa, que têm renda familiar de até R$ 1.800 e pagam prestações mensais entre R$ 80 e R$ 270 por até 120 meses.A ampliação do programa tende a ocorrer com o remanejamento de recursos e injeção de dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Algumas das opções também contemplam a ampliação do número de casas da faixa 1,5 — para famílias com renda entre R$ 1.800 e R$ 2.600, mas a prioridade são as famílias mais pobres.
O tema foi debatido nesta tarde de segunda-feira (7) no Ministério do Planejamento, exatamente a pasta que administra imóveis da União, inclusive o edifício Wilton Paes de Almeida que foi consumido pelo fogo e desabou em São Paulo. A proposta é aumentar o número de famílias beneficiadas na base do MCMV. 
Ao deixar reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o presidente da Caixa confirmou os estudos. Segundo ele, o tema é analisado conjuntamente pelos ministérios das Cidades, Planejamento, Fazenda e a própria Caixa. Questionado sobre a perspectiva de benefício das famílias da faixa 1,5, Nelson Antônio de Souza disse que “não sei se vai chegar” a esse grupo intermediário.
“Tudo será feito de maneira bastante responsável. Essa é uma orientação do próprio presidente e da equipe econômica”, disse o presidente da Caixa. O modelo para a ampliação e a palavra final serão do próprio presidente Temer. Atualmente, o governo prevê 650 mil unidades habitacionais em 2018 para todas as faixas do MCMV que beneficia famílias com renda de até R$ 7 mil.
Com o reforço do programa habitacional, o governo Temer tenta incentivar a atividade da construção civil, segmento que tem grande capacidade de geração de empregos. Ao mesmo tempo, seria uma maneira de Brasília reagir ao problema da habitação popular urbana que voltou ao centro do debate nacional após a tragédia no centro da capital paulista.

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