Após negativa de PR e PRP, Bolsonaro diz que o ‘seu partido é o povo’

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O pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro,
afirmou nesta quinta-feira, 19, que “jamais” se comprometeu com os
partidos que rejeitaram alianças com ele nos últimos dias. Bolsonaro
enfrenta dificuldades para compor alianças desde que assumiu a
disposição de concorrer ao Planalto nas eleições 2018.

O Estado mostrou que com a rejeição do PR e do PRP, o parlamentar fluminense que lidera as pesquisas em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado a 12 anos e 1 mês de prisão na Operação Lava Jato, deve optar uma “chapa puro-sangue” – com o vice indicado de dentro do seu partido – para a disputa presidencial.
“O
nosso partido é o povo e não os líderes partidários que representam o
atual sistema no Brasil”, afirmou Bolsonaro pelo Twitter.

Em menos de 48 horas, ele ouviu um “não” do PR, comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), e donanico PRP – legenda do general da reserva Augusto Heleno Ribeiro,
cotado até então para ser o vice na chapa. Caso não consiga romper o
isolamento, Bolsonaro vai dispor de apenas 8 segundos em cada bloco no
horário gratuito de rádio e TV que começa em 31 de agosto.

“A
maioria da imprensa cria falsa narrativa como se tivesse sido descartado
por fulano e cicrano. Jamais me comprometi com nenhum dos citados.
Sempre deixei claro que meu partido é o povo e agora tentam
desonestamente inverter a situação para mais uma vez nos
descredibilizar!”

Na quarta-feira, 18, o Estado mostrou que o presidente nacional do PRP,
Ovasco Resende, disse que o parlamentar deu um prazo curto ao partido
para decidir se aceitaria ser vice do presidenciável. E que, por isso, a
legenda resolveu declinar da aliança. Analistas políticos ouvidos pelo Estado avaliam que sua candidatura é considerada “de alto risco” pelo sistema partidário.

Na
prática, o cálculo que vem sendo feito por líderes políticos é de que
Bolsonaro teria dificuldades de vencer a eleição no segundo turno. Nas
negociações, as legendas têm dado prioridade às candidaturas
proporcionais, visando a formação de bancadas no Congresso.

Para enfrentar a falta de palanque eletrônico, a campanha do PSL já prevê uma estratégia que envolve recursos ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para usar o direito de resposta no espaço dos concorrentes. A
avaliação é de que Bolsonaro será constantemente alvo de ataques. “Vamos
jogar no contra-ataque”, afirmou o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), um dos articulad
ores da campanha.

Campanha CLDF
Campanha-CLDF

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