Alemanha e Reino Unido fornecerão juntos R$ 502 milhões (153 milhões de dólares) para ampliar programas de combate à mudança climática e ao desmatamento na floresta amazônica, de acordo com um comunicado do governo brasileiro divulgado nesta terça-feira (14).Aproximadamente R$ 278 milhões (88 milhões de dólares) irão para um programa que faz pagamentos a povos indígenas e a agricultores em troca da manutenção da cobertura vegetal e também fornece financiamento para projetos de desenvolvimento econômico sustentável.Pela primeira vez o programa crescerá para incluir o Mato Grosso, o maior produtor brasileiro de soja, onde a expansão rápida das fazendas e de criações de gado de corte tem ampliado o desmatamento.
O dinheiro pagará ainda pela manutenção do programa já existente no Acre.A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e sua preservação é vista como essencial para a absorção das emissões de carbono e a luta contra a mudança climática.O desmatamento da Amazônia brasileira recuou 16% entre agosto de 2016 e julho de 2017 quando comparado com o período anual anterior graças a uma vigilância ambiental maior, embora a área devastada continue muito acima dos níveis necessários para o Brasil cumprir suas metas climáticas, de acordo com dados do governo.O Brasil não pode depender da vigilância para deter o desmatamento, e precisa lançar iniciativas financeiras para preservar a floresta e obter mais ganhos, disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, no final do mês passado.Sarney Filho disse que abordará a questão de como financiar esse esforço na cúpula de combate à mudança climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em andamento esta semana em Bonn, na Alemanha, onde os acordos foram anunciados.Conforme estes acordos, a Alemanha também aumentará em 39,9 milhões de dólares seus investimentos existentes no Fundo Amazônia, que tem na Noruega seu outro grande apoiador.Os cerca de 25 milhões de dólares restantes do Reino Unido serão destinados a um projeto regional de preservação florestal no Brasil, na Colômbia e no Peru, que também têm partes da Amazônia.