A melhor forma de prevenir caxumba é ter a caderneta de vacinação atualizada

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Pessoas devem conferir se tomaram todas as doses da vacina


A vacina é uma das principais medidas preventivas contra a caxumba, doença viral aguda e contagiosa, de transmissão respiratória, causada pelo vírus Paramyxovirus. Por isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal reforça a necessidade de a população atualizar as cadernetas de vacinação, conferindo se todas as doses estão em dia.


 “A melhor medida de prevenção é manter a caderneta de vacinação atualizada, conforme preconiza o Ministério da Saúde. É importante que as pessoas guardem seus cartões e fiquem atentas se tomaram todas as doses necessárias ao longo da vida”, afirma a enfermeira da área técnica da Gerência de Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde, Rosa Maria Mossri.


Campanha CLDF
Campanha-CLDF
Na rede pública, a vacina contra caxumba está na rotina do Calendário Nacional de Vacinação, e também tem sido aplicada nas unidades básicas de saúde (UBS) durante a campanha contra a gripe, que vai até 31 de maio. Trata-se da vacina tríplice viral, que previne caxumba, sarampo e rubéola, e é aplicada nas crianças aos 12 meses de vida, reforçada pela vacina tetra viral (previne caxumba, sarampo, rubéola e catapora), aplicada aos 15 meses de vida.


As crianças acima de cinco anos de idade até pessoas com 29 anos, que não foram vacinadas anteriormente, deverão receber duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre as aplicações. Para as pessoas com idade entre 30 e 49 anos, que não foram vacinadas anteriormente, é necessária apenas uma dose da vacina tríplice viral.


Se a pessoa já tiver duas doses deste imunizante, ela é considerada vacinada, portanto, não é necessário tomar mais nenhum complemento na vida.


CASOS – “Pela investigação, percebemos pontos em comum nos casos de caxumba. Ou a pessoa perdeu o cartão ou tomou só uma dose da vacina e precisava de reforço. Por isso, é importante destacar que quem nunca se vacinou e tem entre cinco a 29 anos, deve tomar duas doses”, informa a enfermeira.


Conforme levantamento realizado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde, o ano de 2018 fechou com um consolidado de 785 ocorrências de caxumba. Neste ano, até 24 de abril, foram 457 notificações. No mesmo período de 2018, de janeiro a 27 de abril, foram registrados 222 casos da doença no DF.


“A maior parte da população, na faixa etária até 30 anos, que são os jovens adultos e do sexo masculino, é a que mais está em falta com a vacina. Fazemos um apelo a essa população para que procure uma UBS e leve seu cartão para ser atualizado, ou ser vacinado, caso precise”, ressalta Mossri. 
OCORRÊNCIAS – Na ocorrência de dois ou mais casos de caxumba em um determinado local, a unidade básica de saúde mais próxima deverá ser informada o quanto antes, para que as devidas providências sejam tomadas pela Secretaria de Saúde.


“As pessoas têm entrado em contato conosco só quando a situação já está preocupante. É preciso fazer isso logo no início, principalmente os locais com muito fluxo de pessoas, indo às UBS para ser informados sobre as medidas de controle”, insiste a profissional de saúde.


Também é possível acionar a equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) pelos telefones 0800 6457089 ou 99221-9439, ou pelo e-mail cievsdf@gmail.com.



CONTÁGIO E SINTOMAS – O contágio se dá por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas ao tossir, falar ou espirrar. Já as manifestações mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza.


Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.


A incubação da doença varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, de 16 a 18 dias.  Já o período de transmissibilidade da doença varia entre seis e sete dias antes das manifestações clínicas, sendo até nove dias após o surgimento dos sintomas. Na situação de notificação de casos aglomerados, os pacientes devem ficar isolados e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos que tiveram contato com eles.


Com as complicações da caxumba podem ocorrer comprometimento do sistema nervoso central (meningoencefalite), inflamação dos testículos (orquite) ou dos ovários (ooforite). A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros. Durante a gravidez, a doença pode levar à aborto espontâneo.


PREVENÇÃO – Para reduzir o risco de adquirir ou transmitir a caxumba, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, como:


– Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;


– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;


– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;


– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;


– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;


– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;


– Manter os ambientes bem ventilados;


– A pessoa que está com a caxumba deve ser afastada das suas atividades por um período de 10 dias;


– Se tiver alguma gestante no 1º trimestre de gravidez, no ambiente de ocorrência do surto, ela deverá ser afastada;


– Evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de caxumba.


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