Segundo os investigadores, todas as pessoas que estavam na casa no dia do crime estão sendo investigadas, inclusive a deputada Flordelis. Em entrevista ao RJ2, a delegada Barbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), contou que a motivação do crime envolve o ambiente familiar.
“Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima”, disse a delegada.
Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos Souza, filhos do casal, tiveram prisão decretada ontem (20) pela Justiça do Rio. Segundo a delegada, Flávio confessou ter atirado no pastor. Lucas teria ajudado a obter a arma.
Celular desaparecido
O inquérito já permitiu concluir que o pastor chegou em casa, foi ao closet trocar de roupa e voltou ao carro, quando foi atingido por tiros. Foram encontrados nove estojos de munição de pistola 9 mm na garagem e uma arma de mesmo tipo, que ainda precisa ser confirmada pela perícia como a arma do crime. O celular da vítima desapareceu após o crime, assim como o telefone do filho que confessou ter atirado no pastor.
Além disso, um dos filhos da deputada contou à Polícia Civil que suspeita do envolvimento da mãe e de três irmãs na morte do pai. Segundo o jovem, uma delas ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor.
“O celular da vítima não foi encontrado até hoje. No primeiro minuto, uma das primeiras medidas foi tentar reaver esse celular. Lá, haveria informações importantíssimas”.
A polícia ainda não confirmou quantos tiros atingiram o pastor. Foram encontradas 30 perfurações em seu corpo, mas a perícia ainda precisa confirmar quantas são de entrada e quantas são de saída dos projéteis. “Não podemos afirmar que houve nove tiros”.
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e encontrou um pequeno incêndio em que papéis estavam sendo queimados. Segundo a delegada, a perícia trabalha para recuperar informações que foram destruídas.