Defesa pede transferência de Cabral para batalhão da PM

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A defesa de Sérgio Cabral, preso desde o final de 2016, encaminhou,
na última sexta-feira (27), um pedido ao presidente da República,
Michel Temer, para que o ex-governador fluminense seja transferido do
complexo penitenciário de Gericinó (Bangu) para a sala de Estado-Maior
de algum batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Segundo o
pedido, por ser ex-governador, Cabral teria direito a uma prisão
especial, assim como o ex-presidente Lula (preso em uma sala da Polícia Federal) e o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (preso em um quartel dos bombeiros).

A defesa alega ainda que os constantes deslocamentos de Cabral do
presídio, na zona oeste, para audiências na Justiça Federal, no centro,
colocam em risco a integridade do ex-governador, uma vez que o caminho
usado é a Avenida Brasil – “o trajeto mais perigoso do todo o estado”,
segundo os advogados.

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Os advogados também citam riscos à integridade do ex-governador dentro
do presídio, uma vez que no complexo há assassinos, ex-policiais e
milicianos presos entre 2007 e 2014, quando Cabral era governador do
estado. Há preocupação ainda com a segurança dos parentes que visitam o
ex-governador na prisão.



Entre as alternativas apresentadas pela defesa de Cabral estão as salas
de Estado-Maior dos batalhões do Centro (5º BPM) e do Batalhão de
Choque, também no centro.



O pedido, chamado de Recurso Hierárquico Administrativo, foi feito a
Temer porque a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap)
está sob administração do Gabinete de Intervenção Federal. Uma vez que o
interventor federal, Walter Braga Netto, negou o primeiro pedido,
restou, segundo o advogado Rodrigo Roca, recorrer ao superior do
interventor, que é o presidente da República. O recurso não foi
encaminhado diretamente ao Palácio do Planalto, mas ao Gabinete da
Intervenção Federal, no Rio.



Bangu foi o primeiro destino de Cabral. Ele chegou a passar algum tempo
no presídio de Benfica e, depois, em Curitiba, mas voltou a Bangu em
abril deste ano. O pedido da defesa foi feito dois dias depois de o
ex-governador passar várias horas em uma cela de isolamento em Bangu.

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