A semana começou com gasolina abaixo de R$ 4, o que não se vê há
muito tempo no Distrito Federal. No Posto Ipiranga de Águas Claras, às
margens da EPTG, o litro está sendo ofertado a R$ 3,999. Nos dois postos
ao lado, um está cobrando R$ 4,099 e o outro, R$ 4,190.
É verdade que a oferta de gasolina abaixo de R$ 4 ainda está
restrita. Mas a tendência é de os postos reduzirem os preços, uma vez
que a Petrobras vem baixando o valor do combustível quase que
diariamente nas refinarias. Isso está sendo possível porque o dólar
perdeu força — está sendo negociado abaixo de R$ 3,75 — e a cotação do
petróleo no exterior está praticamente estável.
A redução dos preços da gasolina é uma boa notícia tanto para os
consumidores quanto para o governo. O combustível em baixa acaba
diminuindo o impacto da alta da conta de luz na inflação. A gritaria da
população fica menor e não há perigo de o Banco Central ser obrigado a
elevar a taxa básica de juros (Selic), que será mantida em 6,50% ao ano
na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira,
1º de agosto.
Segundo os especialistas, os consumidores devem pesquisar bem os
preços dos combustíveis, pois há muita variação. Os valores mais baixos
são encontrados em Águas Claras e em Taguatinga. No Plano Piloto, onde a
renda é mais alta, os postos resistem em baixar os preços, de olho
apenas nas margens de lucro.
A dica para os motoristas: não se intimidem e pesquisem. Aqueles que
passarem em frente a postos com valores da gasolina mais baixos nas
bombas não devem pensar duas vezes: encham o tanque. Qualquer economia
vale a pena. Os tempos não são para desperdício. De centavo em centavo, a
economia será boa no fim do mês.
Esse conselho vale, sobretudo, para aqueles que usam muito o carro
para levar e buscar os filhos nas escolas. As aulas recomeçaram, então,
nada melhor do que encher o tanque com combustível mais barato.