Quem percorreu os postos neste sábado (01/09) levou um susto: os
preços da gasolina voltaram a subir com força. Segundo gerentes dos
estabelecimentos, as bombas só estão refletindo os recentes reajustes
promovidos pela Petrobras. Eles avisam ainda que a tendência, daqui por
diante, é de mais aumentos, por causa da alta do dólar, um dos
componentes dos preços dos combustíveis.
Em Águas Claras, onde, tradicionalmente, a gasolina é mais barata, o
litro saltou de R$ 4,199 para R$ 4,399 de um dia para o outro. No Setor
de Indústrias Gráficas (SIG), o preço pulou de R$ 4,249 para R$ 4,589.
Segundo especialistas, os motoristas devem preparar o bolso. Se há
uma perspectiva no horizonte, ela é de aumento dos preços da gasolina.
Na avaliação deles, os combustíveis entraram em nova rota de alta,
sobretudo, por causa da valorização da moeda norte-americana. A
Petrobras, que fixa os valores nas refinarias, não perdoa.
Representante do setor de combustíveis dizem que, além da política de
preços da Petrobras, que acompanha a variação do petróleo no mercado
internacional e a cotação do dólar, os governos não estão pensando duas
vezes em aumentar impostos. A situação é tão complicada que, somente ao
atravessar a fronteira de São Paulo para o Rio de Janeiro, a gasolina
fica R$ 0,63 mais cara.
“Para os consumidores, esses aumentos são uma péssima notícia”, diz a
servidora pública Paula Silva, 48 anos. “O que me chama a atenção é o
fato de que, duas semanas atrás, conseguia encher o tanque com gasolina
muito próxima de R$ 4”, acrescenta. “Os postos são muito ágeis ao
repassar os aumentos”, emenda.
Empresários do setor explicam que os ajustes dos preços nas bombas se
dão de acordo com os estoques e com a necessidade dos postos de
manterem as margens de lucro. As empresas, dizem, não podem operar no
vermelho sob o risco de falirem. “Ninguém aumenta preços porque quer,
pois isso reduz as vendas. Acompanhamos apenas a realidade do mercado”,
afirma um dos empresários.fonte correio brasiliense.