Em época de chuvas, previna-se contra a febre amarela

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As chuvas chegaram e com elas a ameaça da febre amarela. A partir de novembro, até meados de março, se dá o período de sazonalidade da doença. O mosquito transmissor depende da água para se desenvolver e proliferar. Por isso, nesse período, é importante a população estar atenta à vacinação. Uma dose da vacina é suficiente para imunizar durante toda a vida.
Existem dois ciclos de febre amarela: a silvestre e a urbana. Enquanto, nas matas, os insetos dos gêneros Haemagogus e Sabethes disseminam a doença, nas cidades, o mosquito Aedes aegypti, vetor também da dengue, Zika e chikungunya, tem o potencial de transmissão.
No caso do Distrito Federal, os focos de febre amarela ocorrem mais em áreas silvestres. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a doença ou tomado a vacina circula em áreas de mata e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.
MATAS – “Se ocorrer casos, a maior probabilidade é que sejam nas áreas de mata das periferias do DF, como na divisa com Goiás, e onde tem áreas de preservação. Orientamos as pessoas que forem fazer passeios na mata e áreas ambientais que se vacinem com, pelo menos, 20 dias de antecedência”, explica a subsecretária de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, Beatriz Ruy.
A vacinação é indicada para viajantes ainda não imunizados ou vacinados há mais de 10 anos que visitarão locais com risco de transmissão, no Brasil e no exterior. A imunização tem, majoritariamente, eficácia de 95% a 99% contra a doença.
“A orientação, para aquelas pessoas que vieram ao Distrito Federal e que não foram vacinadas, é para que procurem uma unidade básica de saúde para regularizar o seu cartão de vacina e guardá-lo, pois, é o comprovante de que já foi imunizado”, lembrou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Marcos Quito.

IMUNIZAÇÃO – Como a imunização já faz parte do calendário vacinal, é feita em toda a população, a partir dos nove meses de idade até os 59 anos. Vale lembrar que o recomendado, pelo Ministério da Saúde, é tomar apenas uma única dose na vida, aplicada em unidades básicas de saúde (UBS).
“Como já vacinamos a população contra a febre amarela, a partir dos nove meses, temos uma boa cobertura vacinal no DF. Para os pais que não têm certeza se já levaram seus filhos para vacinar, o recomendado é ter o cartão de vacina para conferir”, afirma Beatriz Ruy.
A rede pública do DF está abastecida com o insumo, disponível nas unidades básicas de saúde, sem restrição de dia e horário.
Gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pessoas com imunidade baixa (imunossupressão) e aquelas com mais de 60 anos só devem se vacinar mediante avaliação médica criteriosa.
CASOS – Além da alta cobertura vacinal, o DF tem baixo registro de casos. Em 2018, até 21 de novembro, foram investigados 123 casos suspeitos de febre amarela silvestre em moradores do Distrito Federal. Desses, 118 foram descartados, dois foram confirmados e três estão em investigação.
Dos casos confirmados, quanto ao local provável de infecção, um foi autóctone, ou seja, contraído no próprio DF, e um importado do Guarujá (SP). O caso autóctone evoluiu para a cura e o importado, para óbito.
Logo após a suspeita, porém, a Secretaria de Saúde já tomou todas as medidas necessárias para evitar a propagação da doença. Em busca de possíveis contaminações, agentes visitam os locais e rastreiam as pessoas com quem a vítima teve contato. Depois, é feito o controle do mosquito Aedes aegypti, que transmite febre amarela, dengue, zika vírus e chikungunya.
Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Arte: Danielle Freire.

Campanha CLDF
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