Com grandes chances de cura, quando diagnosticado na fase inicial, o câncer de próstata surge em razão de um defeito na renovação do tecido desse órgão. As células alteradas multiplicam-se, desordenadamente, e formam um nódulo de câncer. A cada hora, sete casos novos de câncer de próstata são diagnosticados no Brasil, sendo a causa da morte de cerca de 20% dos pacientes, se o tratamento não for precoce.
O alerta é do chefe da Unidade de Urologia do Instituto Hospital de Base e diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia do Distrito Federal, Guilherme Coaracy, em razão do Novembro Azul, mês destinado à sensibilização das pessoas para o tema.
“As células estão em constante renovação e sob o efeito da testosterona, o hormônio masculino. Por estas características únicas, o câncer da próstata é o mais incidente em homens no Brasil, após o de pele não melanoma”, segundo Coaracy.
O médico explica que a próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga do homem e tem a função de produzir o liquido espermático, que nutre, capacita e transporta os espermatozoides e tem papel fundamental na reprodução humana.
IDADE – O médico ressalta que é extremamente incomum câncer de próstata antes dos 45-50 anos de idade. Porém, a partir dessa faixa etária, o risco aumenta, progressivamente, sendo encontrado em, aproximadamente, 45% dos homens acima dos 80 anos de idade.
“O mais importante é o diagnóstico precoce, quando, a depender do grau celular, extensão da doença ao diagnóstico, associado à idade e à expectativa de vida do paciente, pode-se optar, inclusive, por manter somente acompanhamento e não realizar nenhum tratamento imediato”.
DIAGNÓSTICO – O diagnóstico de câncer de próstata se baseia na avaliação de risco de cada paciente, incluindo idade, raça e história familiar; no exame clínico (toque retal); e em exame complementar, com dosagem sanguínea para Antígeno Prostático Específico (PSA).
“O paciente com câncer de próstata não apresenta sintoma na fase inicial da doença. Os sintomas vão aparecer como consequência da disseminação e avanço da doença. Dada essa evolução silenciosa, torna-se imprescindível a avaliação anual para prevenção”, alerta Guilherme Coaracy.
Ailane Silva, da Agência Saúde
Arte: Danielle Freire/Saúde-DF