O helicóptero da Polícia Militar que caiu no mar, no Rio, no último dia 14, causando a morte de um PM, tem cinco perfurações aparentemente feitas por tiros. Os buracos foram constatados durante a perícia realizada na aeronave após o acidente. O caso foi divulgado nesta quarta-feira, 23, pela TV Globo.
Peritos consultados pela emissora ressaltaram, porém, que não é possível afirmar que os tiros causaram a queda do helicóptero. Eles também afirmaram que dificilmente esses tiros, que não se sabe quando atingiram a aeronave, teriam causado sua queda.
O helicóptero Esquilo modelo H-350BA foi fabricado em 1998 pela Helibrás e era usado pelo Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar. Ele estava com a manutenção em dia e tinha autorização para voar até 15 de janeiro de 2022.
Quatro policiais militares estavam a bordo da aeronave para patrulhar a Linha Vermelha, que liga o Rio a São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A via expressa, usada por quem vai ou volta do aeroporto internacional do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), é área onde frequentemente ocorrem assaltos.
O helicóptero fez um pouso forçado na água pouco antes das 9 horas do dia 15 no Canal do Cunha, ao lado da Linha Vermelha, no trecho perto do entroncamento da via com a Avenida Brigadeiro Trompowski, na Ilha do Governador. Três policiais se salvaram – dois deles fraturaram as pernas. O sargento Felipe Marques Queiroz, de 37 anos, morreu após ficar submerso no mar por cerca de 15 minutos.
A causa do acidente é investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à Aeronáutica. As fotos divulgadas pela TV Globo pertencem a essa perícia, que ainda está em andamento. Como a investigação não foi concluída, a Polícia Militar não quis comentar as imagens. estadão.