A Policia pergunta Porque a Walewska se jogou ou caiu do prédio de 17º andar; vôlei de luto

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Boletim de Ocorrência diz que Walewska morreu após cair do 17º andar do prédio em que morava. Polícia investiga o caso que pode se um suicídio que tudo parece

Brasília dia 22 setembro 2023 Jornal Mangueiral DF.

De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, a morte da ex-jogadora de vôlei Walewska aconteceu depois de ela cair do 17º andar do prédio em que morava. As informações sobre caso foram divulgadas após o acesso da imprensa ao Boletim de Ocorrência. O documento continha depoimentos de testemunhas e detalhes o sobre ocorrido. As circunstâncias do falecimento da campeã olímpica ainda estão sendo investigadas.

Contudo, a principal linha de investigação, no momento, é o suicídio. Com base em informações contidas no Boletim de Ocorrência, a ex-jogadora estava sozinha no área de lazer do prédio, que fica no 17º andar. Na mesa em que sentou, foram encontrados pertences e objetos que indicam a tese. Além disso, depoimentos de funcionários do condomínio e do marido corroboram a versão.

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.Atualmente trabalhando como palestrante, ela teve participação fundamental no ouro Pequim-2008, assim como na medalha de bronze nos Jogos de Sydney-2000.

Zé Roberto: “Perdi uma filha”

José Roberto Guimarães viu de perto a linda trajetória de Walewska no voleibol. O técnico e a jogadora foram pilares da geração mais vencedora da seleção feminina. Dessa forma, a relação transcendeu as quadras. Com a notícia do falecimento antes da partida contra Turquia, Zé ficou muito abalado.  

 “Ela era excepcional. Todo técnico, toda comissão gostaria de ter uma atleta como ela. Madura, tranquila, mas com uma vontade incrível de fazer e realizar as coisas. A gente fica sem chão. A gente perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha. Eu perdi uma filha. É muito duro. É um momento para nós muito difícil”, disse em entrevista ao SporTV.

Jogadoras de luto

Mesmo em luto, a Seleção Feminina precisou entrar em quadra para fazer um duelo decisivo contra a Turquia pela quinta rodada do Pré-Olímpico de vôlei. Todas as jogadoras entraram em quadra de mãos dadas e com uma faixa em homenagem a Walewska. Ademais, as jogadoras turcas tiveram empatia e comemoram de maneira contida. Apesar disso, visivelmente abalado, o time acabou derrotado por 3 sets a 0.  

 (Volleyball World)

“Está doendo muito. Sabíamos que tínhamos que disputar esse jogo, nos juntamos e deixamos para chorar depois da partida. Foi difícil conter as lágrimas na nossa oração de pré-jogo”, revelou Thaisa. “Quando cheguei na seleção a Wal era uma das mais experientes. Aprendi muito com a postura dela. Foi um espelho pela educação, o charme e a resiliência. Ela representou o Brasil lindamente. O esporte perde um grande ícone, uma representante de muito amor pelo voleibol”, completou dessa forma.

“A Wal foi um exemplo de coragem, de resiliência, uma mulher forte. Ela fez parte de uma geração que me fez querer ser jogadora de vôlei. Estivemos com ela há pouco tempo em Barueri e, mais uma vez, ela deixou uma mensagem de incentivo muito forte. Queremos continuar esse legado que ela deixou para nós”, lembrou a capitã Gabi.

A proximadamente uma em cada seis pessoas que cometem suicídio deixam um bilhete que, às vezes, dá pistas para as razões para essa atitude. Os motivos fornecidos incluem doença mental, sentimentos de desesperança, a sensação de ser um fardo para os outros e a incapacidade de lidar com os vários estresses da vida.

Pesquisas demonstram que muitas pessoas que consumaram o suicídio estavam vivenciando múltiplos fatores de risco no momento da morte. Entre 85% e 95% das pessoas que morrem por suicídio têm algum problema de saúde mental diagnosticável no momento da morte.

O fator mais comum que contribui para o comportamento suicida é

  • ·         Depressão

depressão, incluindo a depressão que faz parte do transtorno bipolar, está envolvida em mais de 50% das tentativas de suicídio e em uma porcentagem ainda maior de suicídios consumados. A depressão pode ocorrer do nada, ser desencadeada por uma perda recente ou outro evento angustiante, ou resultar de uma combinação de fatores. Problemas conjugais, prisão ou problemas com a lei recentes, uma relação amorosa infeliz ou que terminou, desentendimentos com os pais ou bullying (entre adolescentes) ou a perda recente de um ente querido (sobretudo em idosos) podem desencadear uma tentativa de suicídio por pessoas com depressão. O risco de suicídio é maior, se a pessoa com depressão também tiver ansiedade significativa.

Problemas médicos, sobretudo aqueles que causam dor e são crônicos, contribuem para aproximadamente 20% dos suicídios em pessoas idosas. Distúrbios médicos recentemente diagnosticados, como, por exemplo, diabetes, esclerose múltipla, câncer e infecção, também podem aumentar o risco de cometer suicídio. Alguns problemas de saúde, tais como AIDS, epilepsia do lobo temporal e lesões na cabeça podem afetar diretamente o funcionamento do cérebro das pessoas e, portanto, aumentar o risco de cometer suicídio.

Experiências traumáticas na infância, sobretudo as que incluíram abuso físico e sexual, aumentam o risco de cometer tentativa de suicídio.

O consumo de álcool pode intensificar a depressão que, por sua vez, favorece o comportamento suicida. O álcool também reduz o autocontrole e aumenta a impulsividade. Aproximadamente 30% das pessoas que tentam cometer suicídio consomem bebidas alcoólicas antes da tentativa, e aproximadamente metade delas estão embriagadas no momento. Uma vez que o uso de álcool, sobretudo o consumo exagerado, costuma causar fortes sentimentos de remorsos durante os períodos sem consumo, as pessoas que consomem álcool de maneira não saudável correm um risco maior de cometer suicídio.

Quase todos os outros transtornos de saúde mental também aumentam o risco da pessoa de cometer suicídio.

A pessoa com esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos pode ter delírios (convicções falsas) com as quais ela simplesmente não consegue lidar, ou ela pode ouvir vozes (alucinações auditivas) que ordenam que ela se mate. Além disso, pessoas com esquizofrenia são propensas a ter depressão. Portanto, elas morrem por suicídio em uma frequência muito maior (10%) do que a população em geral.

Pessoas com transtorno de personalidade limítrofe ou transtorno de personalidade antissocial, sobretudo aquelas com histórico de impulsividade, agressão ou comportamento violento, também correm um risco maior de cometer suicídio. Pessoas com esses transtornos de personalidade tendem a ter menos tolerância à frustração e tendem a reagir de forma brusca ao estresse, o que às vezes dá origem à automutilação ou ao comportamento agressivo.

isolamento aumenta o risco de ter comportamento suicida. Pessoas que passaram por separações, divórcios ou viuvez têm maior probabilidade de consumar um suicídio. O suicídio é menos comum entre pessoas que mantêm um relacionamento seguro do que entre pessoas solteiras.

Fatores de risco para o comportamento suicida

Fatores de risco para o comportamento suicida

·         Comportamento agressivo ou impulsivo·         Ser descendente indígena americano, nativo do Alasca ou do sexo masculino·         Luto ou perda·         Bullying, intimidação ou assédio moral (por exemplo, bullying cibernético, rejeição social, discriminação, humilhação, desonra)·         Depressão (sobretudo quando acompanhada por ansiedade, como parte do transtorno bipolar, ou associada a uma hospitalização recente) e outros transtornos mentais·         Transtornos por uso de drogas ou álcool·         Sentimentos de tristeza ou desesperança (quando persistentes)·         Estresse financeiro causado por problemas econômicos, dívida ou subemprego·         Viver sozinho·         Doenças, sobretudo as que causam dor ou são incapacitantes ou afetam o cérebro·         Conflitos de relacionamento·         Preocupação atual com o suicídio, planos bem definidos para cometê-lo, histórico familiar de suicídio e/ou tentativas anteriores de cometê-lo·         Experiências traumáticas na infância, incluindo abuso físico ou sexual·         Problemas de trabalho (por exemplo, desemprego) e períodos de transição (por exemplo, passar de militar ativo para veterano, aposentar-se)

Antidepressivos e o risco de suicídio

O risco de tentativa de suicídio é maior no mês anterior ao início de um tratamento com antidepressivos e o risco de morte por suicídio não é maior depois do início do tratamento. Contudo, os antidepressivos às vezes aumentam discretamente a frequência de pensamentos suicidas e tentativas de suicídio (mas não de suicídios consumados) em crianças, adolescentes e pessoas jovens. Assim, os pais de crianças e adolescentes devem ser alertados sobre esse risco, e as crianças e os adolescentes devem ser monitorados com atenção quanto à presença dos seguintes efeitos colaterais, sobretudo durante as primeiras semanas depois que eles começam a tomar o medicamento:

  • ·         Aumento da ansiedade
  • ·         Agitação
  • ·         Inquietação
  • ·         Irritabilidade
  • ·         Raiva

Uma tendência à hipomania (quando a pessoa se sente cheia de energia e alegre, mas costuma ficar facilmente irritada, distraída e agitada) também é um importante efeito colateral que precisa ser monitorado.

Os médicos, pacientes e suas famílias devem ter em mente que a tendência suicida é uma característica essencial da depressão. Os tratamentos que aliviam a depressão reduzem o risco de cometer suicídio.

Devido aos alertas da saúde pública sobre a possível associação entre o uso de antidepressivos e um aumento do risco de suicídio, os médicos começaram a diagnosticar menos a depressão e reduziram em mais de 30% a frequência das receitas de antidepressivos para crianças e jovens. Entretanto, nesse mesmo período, as taxas de suicídio entre jovens aumentaram temporariamente em 14%. Portanto, é possível que, ao desestimular o tratamento da depressão com medicamentos, esses alertas tenham resultado em mais, e não menos, mortes por suicídio.

Quando a pessoa com depressão recebe medicamentos antidepressivos, o médico toma algumas precauções para reduzir o risco de ela ter comportamento suicida:

  • ·         Dar uma quantidade de medicamento antidepressivo que não cause a morte
  • ·         Agendar consultas mais frequentes no início do tratamento
  • ·         Dar advertências claras à pessoa e aos seus familiares e entes queridos para ficarem alertas quanto à piora dos sintomas, agitação, insônia ou ideação suicida
  • ·         Orientar a pessoa e os seus familiares e entes queridos para entrarem imediatamente em contato com o médico que receitou o antidepressivo ou procurar ajuda com outra entidade, caso os sintomas piorem ou ocorram pensamentos suicidas

Você sabia que…

·         O uso de antidepressivos tem sido associado ao aumento do risco de pensamentos e tentativas de suicídio em pessoas com menos de 24 anos de idade; porém, não tratar adequadamente a depressão (o que pode incluir medicamentos e/ou terapia) pode aumentar muito mais o risco de cometer suicídio.·         Tornar o ambiente familiar seguro é uma maneira importante de efetivamente reduzir o risco de cometer suicídio. Remover meios letais ao manter armas de fogo, medicamentos e substâncias tóxicas em um lugar seguro pode salvar vidas.

Suicídio por contágio

O suicídio por contágio diz respeito a um fenômeno pelo qual um suicídio parece levar a outros em uma comunidade, escola ou local de trabalho. Casos de suicídio amplamente divulgados podem ter um efeito muito abrangente. Os adolescentes e os adultos jovens são particularmente vulneráveis aos efeitos do suicídio por contágio. É possível que eles sejam diretamente expostos a ele porque conhecem alguém que cometeu tentativas ou morreu por suicídio. Além disso, é possível que eles sejam indiretamente expostos a ele devido a uma cobertura detalhada, sensacionalista e ininterrupta pela mídia da morte de uma pessoa famosa. Por outro lado, uma cobertura pela mídia com mensagens positivas sobre a morte por suicídio pode diminuir o risco de haver suicídio por contágio na população jovem vulnerável. Mensagens positivas normalmente comunicam com clareza a perda trágica de um membro da comunidade e expressam apoio para a comunidade em luto. As mensagens devem descrever que problemas de saúde mental fazem parte de vida e devem indicar que não há nenhum estigma relacionado a procurar ajuda e tratamento. Essa representação da saúde mental e do suicídio pode ter um impacto positivo sobre a saúde pública, em vez de trazer risco aos telespectadores vulneráveis.

Estima-se que o suicídio por contágio contribui com 1% a 5% de todos os suicídios cometidos por adolescentes. Administradores escolares, profissionais de saúde mental e outros líderes da comunidade podem aprender a usar as mídias e plataformas sociais para deter a disseminação do suicídio por contágio. Informar de maneira sensível e praticar diretrizes de posvenção (um tipo de intervenção realizada após um suicídio) em escolas e locais de trabalho são mais duas estratégias de prevenção de suicídios.

mbrou a capitã Gabi.