Ex-presidente do BC Ilan Goldfajn disputará presidência do BID

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O ex-presidente do BC Ilan Goldfajn transmite o cargo para o novo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Indicação foi oficializada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes

Brasília dia 24 outubro 2022 Jornal Mangueiral DF.

Diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn teve o nome indicado para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A indicação foi oficializada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que é governador titular da instituição financeira.

Em nota pública, o Ministério da Economia informou que a pasta, apoiada pelo Ministério das Relações Exteriores, fará as gestões para que o Brasil assuma a presidência do BID pela primeira vez desde a criação do banco. Atualmente, o Brasil é o segundo maior acionista do BID, só perdendo para os Estados Unidos.

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“O ministro Paulo Guedes considera que o candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam inequivocamente para o exercício do cargo de presidente desta importante Instituição”, destacou o comunicado.

O prazo para candidatura ao cargo de presidente do BID se encerra em 11 de novembro, e a eleição está marcada para 20 de novembro. Com 48 países-membros, o BID é o principal financiador de projetos de infraestrutura na América Latina e no Caribe. Em 2021, a instituição aprovou US$ 23 bilhões em financiamentos na região.

Atualmente diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn comandou o Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019. Entre 2000 e 2003, foi diretor de Política Econômica da mesma instituição.

A eleição no BID ocorre após a saída do norte-americano Mauricio Clavier-Carone. Indicado para presidir a instituição pelo ex-presidente Donald Trump, Clavier-Carone foi destituído em assembleia de governadores em 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram a relação. O banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.