Caminhos da Reportagem deste domingo aborda déficit de atenção

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Um jeito TDAH de ser

Brasília dia 12 junho 2021 Jornal Mangueiral DF.

No começo do ano, o aluno era apenas uma criança distraída na sala de aula e não havia dúvidas quanto a sua inteligência e criatividade. Mas logo a professora começou a observar um comportamento hiperativo e impulsivo no aluno em questão, que parecia estar sempre “com a cabeça nas nuvens”. Afinal, qual era o problema? Segundo especialistas entrevistados neste Caminhos da Reportagem, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é um dos transtornos mentais mais difíceis de ser diagnosticado. O programa vai ao neste domingo (13), às 20h.

Quando não identificado e tratado na infância, o paciente leva os sintomas para a fase adulta e com eles as consequências: dificuldade de concentração nos estudos e trabalho, procrastinação, baixa autoestima, problemas de relacionamento, só para citar alguns. “Meus 20 anos foram os mais difíceis. Quando criança, eu era o chato da sala. Demorei quatro anos para entrar numa universidade e mais oito para me formar”, diz Yuri Maia, criador do projeto @tdahdescomplicado e de vários cursos e mentorias para ajudar famílias com filhos diagnosticados com TDAH.

Campanha CLDF
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Especialistas afirmam que é muito comum um adulto procurar o consultório de um profissional para tratar depressão ou ansiedade sem a consciência de que as causas podem estar no transtorno do neurodesenvolvimento não diagnosticado na infância.

Uma vez cientes de ter TDAH, os adultos que o programa da TV Brasil Caminhos da Reportagem entrevistou, afirmam que ganharam qualidade de vida: “No meu caso, meus pais sabiam desde que eu era criança, mas como não se falava muito em TDAH, eles não me contaram. Mas quando descobri, passei a me conhecer melhor, foi muito libertador”, diz Thata Finotto, criadora do projeto da @tribotdah.

A psicóloga Iane Kestelman conta que, no Brasil, nem se ouvia falar em TDAH quando se formou há 35 anos. Um de seus filhos apresentou os sintomas, mas tudo o que ela ouvia dos especialistas era “ele não tem nada mãe, ele só tem muita energia”. Até que ele foi diagnosticado. A neuropsicóloga faz uma autocrítica: “eu também dei diagnóstico errado no meu consultório, eu também disse que ‘não era nada’ para muitos pais que passaram no meu consultório durante 25 anos”.

A íntegra do Caminhos da Reportagem: Um jeito TDAH de ser – Da infância à fase adulta, fica disponível no site do programa.