Em entrevista exclusiva ao R7, após deixar a prisão na noite desta quinta-feira (21), o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho disse que foi vítima de “perseguição política” por parte do grupo do também ex-governador Sérgio Cabral.
“Essa prisão foi fruto de uma perseguição política feita a mim e ao meu grupo político desde que nós começamos, em 2012, a denúnciar a gangue dos guardanapos, liderada pelo [ex-governador] Sérgio Cabral”, afirma.
Preso três vezes ao longo de 2017, Garotinho disse que o grupo político de Cabral age “com o intuito de intimidar”.Garotinho deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (21), após determinação do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes.
O ex-governador, que estava detido desde o fim novembro, defende a atuação dos poderes superiores para intervir em situações como a dele. “É difícil [lutar contra as decisões], a menos que haja uma intervenção, como aconteceu nesta e nas outras vezes, de um Tribunal Superior, da PGR ou do Supremo indicando o que está sendo acobertado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro”.
“Aqui no Rio, parece que podem se punir as pessoas de poucos poderes, mas quando se chega perto do Judiciário, não se pode punir”, afirmou Garotinho. “A prova mais evidente é que as medidas que levaram à prisão do [ex] governador Sérgio Cabral foram tomadas pela Justiça Federal e pelo Ministério Público Federal”, acrescentou.
Garotinho ainda ressalta que vai ingressar com diversas ações contra os juízes, delagados federais e promotores. Segundo o ex-governador, um dos promotores não poderia ter o autuado porque ele “já o denunciou por diversos crimes ao Ministério Público Estadual”.
Assim que deixou a cadeia, na noite desta quinta-feira, o ex-governador Anthony Garotinho foi para casa. Garotinho não vai usar tornozeleira eletrônica fora da prisão.