Um homem, de 53 anos, foi preso em flagrante, em Valparaíso (GO), por crime ambiental e falsificação de documentos. Uma equipe de oito policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) cumpriu o mandado de busca e apreensão por volta das 6h desta sexta-feira (2/2), na casa do criminoso.
De acordo com informações preliminares corporação, o homem é acusado de falsificar e vender diplomas de cursos superiores e nível médio em regiões pelo Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Junto com os papéis falsos, os policiais encontraram 33 carimbos e cédulas de identidade. A polícia acredita que a venda de diplomas ocorreu por cerca de um ano.
A investigação começou após o Conselho Regional de Educação Física identificar um diploma falso que foi entregue na autarquia. Cada documento, segundo a Polícia Civil, era vendido por R$ 400. A polícia também descartou a possibilidade de servidores públicos do Ministério da Educação (MEC) envolvidos no esquema. Os nomes registrados nos documentos também são falsos. Além disso, a suspeita, ainda de acordo com a corporação, era de que o homem tinha contatos e repassava o serviço através de sites e redes sociais pela internet.
O delegado Fábio Rodrigues Vieira, diretor da Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon), informou que os documentos eram de faculdades mais simples, mas a suspeita ainda será investigada. “Não há faculdades mais conhecidas envolvidas nisso. Mas o serviço era bem feito, sendo que os documentos são muito difíceis de perceber a falsificação”, explicou.
O próximo passo da Polícia Civil é identificar os compradores e contabilizar a quantidade de documentos que foram falsificados. O homem está preso na carceragem na Delegacia de Polícia Especializada e deve seguir para o Complexo da Papuda na próxima semana. Ele vai responder por falsificação de documentos e crime ambiental. A pena, junta, pode variar de 2 a 6 anos de reclusão. As pessoas que compraram os documentos podem responder por uso de documento falso.
Aves silvestres
Na residência do acusado, os agentes encontraram, além dos documentos falsos, cerca de 11 pássaros silvestres em flagrante. Pelas imagens, é possível perceber que os animais eram mantidos em cárcere, sendo que as gaiolas estavam acumuladas de sujeira, urina e fezes dos animais.
De acordo com a previsão da Lei 9.605/98 de Crimes Ambientais, combinado com o Decreto Nº 6524/2008, a multa para quem é flagrado com aves silvestres sem autorização dos órgãos competentes é de R$ 500 por individuo de espécie não constante listas oficias de risco ou ameaças de extinção e R$ 5 mil por individuo de espécie constante de lista oficias de fauna brasileira ameaçada de extinção. Todos os pássaros encontrados foram levados na tarde desta sexta-feira para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A perícia ainda será acionada para identificar as espécies