Operação Trapaça: ministério diz atuar com PF para evitar fraudes

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O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) divulgou nota após a deflagração da Operação Trapaça, nesta segunda-feira (5), dizendo que a pasta atua em conjunto com a Polícia Federal para evitar fraudes como as ocorridas na BRF, uma das empresas alvo de ação da Justiça.
Foi apurado que a BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão), granjas fornecedoras de aves para a empresa e laboratórios agiram em conluio para burlar a fiscalização, adulterando laudos de qualidade.
“As empresas investigadas burlavam a fiscalização preparando amostras, através dos laboratórios investigados, com o objetivo de esconder a condição sanitária dos lotes de animais e de produtos, evitando, assim, uma medida corretiva restritiva do serviço oficial”, diz o ministério.
As empresas são acusadas de adulterar resultados para esconder a presença da bactéria Salmonella. Segundo o Mapa, trata-se de uma bactéria comum em aves, porém, quatro tipos exigem cuidados específicos.
“No entanto, quando utilizados os procedimentos adequados de preparo minimizam os riscos no consumo da Salmonella, uma vez que a bactéria é destruída em altas temperaturas, como frituras e cozimento”, acrescenta o ministério.
“O processo de fiscalização do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal já havia identificado irregularidades nos procedimentos para respaldo à certificação sanitária implementada em algumas unidades frigoríficas, o que resultou em exclusão destes estabelecimentos para exportação aos doze países que exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella sp”, acrescenta a pasta.
O juiz responsável pela Operação Fraude, um desdobramento da Operação Carne Fraca, expediu 11 mandados de prisão temporária. Entre os presos está o ex-presidente global da BRF Pedro de Andrade Faria. 
A BRF ainda não se manifestou sobre a operação policial desta segunda-feira. 

Campanha CLDF
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