Registros de estupro no DF aumentaram 52,4% em fevereiro

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Os registros de estupros no
Distrito Federal cresceram 52,4% na comparação entre fevereiro de 2017 e
fevereiro de 2018, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Paz
Social (SSP) divulgados nesta segunda-feira (5). Foram 64 casos contra 42 do ano
passado.
O número total de estupros no
ano também saltou, de 101 para 124 casos. A estatística inclui todas as
ocorrências registradas em fevereiro, ou seja, crimes anteriores que só foram
comunicados no mês passado também estão incluídos.
Em 96% dos casos as vítimas
são mulheres, e em 42%, os crimes foram cometidos na residência delas ou do
agressor. Pelo menos 67% dos estupradores são pessoas próximas das vítimas,
como familiares, companheiros e amigos.
A relação é ainda mais forte
nos casos de vulneráveis: em 100% dos estupros, as crianças e adolescentes
tinham uma relação próxima com o agressor.
A delegada Sandra Gomes, da
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, afirma que os números são um
sinal de que as vítimas estão mais dispostas a denunciar. “O grande desafio das
forças de segurança é ganhar essas vítimas para nós”, afirmou.

“O Brasil tinha cerca de
60% de subnotificação antes da Lei Maria da Penha, e esse número vem caindo.”

Campanha CLDF
Campanha-CLDF
Gomes afirma ainda que
alterações na lei também contribuiram para o crescimento das estatísticas. A
lei que tipifica o estupro, por exemplo, foi alterada em 2009. O crime ganhou
um espectro mais amplo, incluindo qualquer contato corporal forçado e não
apenas a conjunção carnal.
Outro
exemplo seria a lei 12.650/2012, conhecida como Lei Joanna
Maranhão, que aumentou o prazo de prescrição de estupros contra
crianças. 
Houve aumento também no roubo
a comércio. Os registros subiram de 157 para 176 registros entre fevereiro de
2017 e fevereiro de 2018, ou seja, 12,1% mais casos. Já os roubos à residência,
a coletivo e a veículo tiveram queda. As retrações foram de 41,8%, 41,2% e
25,8%, respectivamente.
O secretário de Segurança
Pública Cristiano Sampaio afirmou que as quedas foram resultado de
uma parceria com a Anatel para bloquear celulares roubados. “Com o
bloqueio dos aparelhos, eles se tornam inúteis e o criminosos têm a ação
coibida”, afirmou.

Crimes violentos
Os homicídios caíram 9,8%
entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2018, passando de 51 para 46 casos. Os
latrocínios permaneceram estáveis, com três casos nos dois períodos. Já a lesão
corporal seguida de morte teve um registro esse ano, contra nenhum no mesmo
período do ano passado. fonte  G1 




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