Além da Força Nacional de Segurança Pública, 2,6 mil PMs do DF devem atuar na área nesta sexta-feira (30/6) de greve geral.
Palco de confronto entre manifestantes e polícia militar e destruição de prédios públicos na última grande manifestação contra o governo de Michel Temer, no mês passado, a Esplanada dos Ministérios conta com um grande esquema de segurança nesta sexta-feira (30/6), dia de greve geral convocada por centrais sindicais em oposição ao presidente e às reformas da Previdência e trabalhista.
Um efetivo de 600 agentes da Força Nacional de Segurança faz a guarda dos prédios na avenida, e o acesso ao local para carros está totalmente proibido. A opção para os motoristas que costumam acessar a Esplanada são as vias N2 e S2, anexas aos ministérios. Mesmo ciclistas que tentaram acessar a pista de manhã, quando ainda não havia nenhuma manifestação ocorrendo, foram parados e revistados em um cordão de policiais militares do DF logo após a Rodoviária do Plano Piloto, que, por sinal, está completamente deserta.
A PM do Distrito Federal anunciou na quinta-feira (29) que vai deslocar 2,6 mil homens para a área. A expectatica da corporação é que cerca de 5 mil pessoas participem de uma manifestação hoje no local.
Na Avenida das Bandeiras, duas linhas de segurança serão dispostas para evitar o acesso ao Congresso Nacional e à Praça dos Três Poderes. A ideia é fazer com que esses homens sejam capazes de conter qualquer ato mais violento e tornar claramente desnecessária a convocação das Forças Armadas, medida tomada por Michel Temer em 24 de maio e muito criticada por juristas e membros do Congresso.
Veja os serviços que estão interrompidos nesta sexta-feira
Transporte
» O Sindicato dos Metroviários confirmou a adesão à greve geral. Em razão disso, a Companhia do Metroviário informou que as estações se manterão fechadas hoje. O Sindicato dos Rodoviários também convocou toda a categoria a paralisar os braços, e nenhuma empresa do DF está rodando. Os ônibus vistos nas ruas são de empresas do Entorno.
Professores
» Não haverá aulas nas escolas públicas do Distrito Federal. O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) convocou os educadores para uma concentração, a partir das 9h, na Praça do Relógio, em Taguatinga.
Saúde
» O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindisaúde) convocou os trabalhadores para a greve geral. Os profissionais, porém, não devem parar as emergências. Pronto-atendimento, internação e UTI permanecerão abertas. Quem está de folga foi convocado para comparecer às manifestações. O Sindicato dos Médicos (Sindmédicos) apenas convocou os profissionais de folga a participarem do ato. Os demais comparecerão à rede pública.
Bancários
» O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brasília (SEEBB-DF) confirmou a adesão à greve. Os bancos retornam com o atendimento normal na segunda-feira.
Universidade de Brasília (UnB)
» O Sindicato dos Trabalhadores
da Fundação Universidade
de Brasília confirmou participação na greve geral.
Vigilantes
» O Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv) confirmou que também vai aderir à greve geral. Na página oficial, a entidade que representa a categoria manifestou posição contrária à aprovação das reformas trabalhista e da Previdência sob a alegação de que elas não trarão melhorias à vida dos servidores.
Correio Braziliense.